[...] Ainda que a terra e todas as criaturas inferiores pertençam em comum a todos os homens, cada um guarda a propriedade de sua própria pessoa; sobre esta ninguém tem qualquer direito, exceto ela. Podemos dizer que o trabalho de seu corpo e a obra produzida por suas mãos são propriedade sua. Sempre que ele tira um objeto do estado em que a natureza o colocou e deixou, mistura nisso o seu trabalho e a isso acrescenta algo que lhe pertence, por isso o tornando sua propriedade. Ao remover este objeto do estado comum em que a natureza o colocou, através do seu trabalho adiciona-lhe algo que excluiu o direito comum dos outros homens. Sendo este trabalho uma propriedade inquestionável do trabalhador, nenhum homem, exceto ele, pode ter o direito ao que o trabalho lhe acrescentou, pelo menos quando o que resta é suficiente aos outros, em quantidade e em qualidade. [...] (LOCKE, J. O Segundo tratado sobre o Governo. São Paulo: Martins Fontes, 1973).
Diante desta afirmação do autor, podemos constatar que o autor concebe a propriedade privada como:
Escolha uma:
a. A origem de todas as desigualdades.
b. Um mal necessário.
c. Alienante e injusta.
d. Natural e legítima.
Respostas
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4
Sobre Locke e a propriedade privada:
d. Natural e legítima.
Para Locke, que desenvolveu a teoria da propriedade no período de combate ao absolutismo, surgimento do liberalismo e com a ascensão da burguesia, a propriedade privada pode ser visualizada como um direito natural de origem divina, fundamentada pelo trabalho do homem e se relacionando com as ideias de estado de natureza, contrato social e sociedade civil.
Assim, Locke define a propriedade privada e também seus limites. A propriedade privada, enquanto comprove o sustento, é justa e válida, porém condena a posse da propriedade que beira a ambição desmedida, como forma de injustiça e agressão ao direito natural.
Bons estudos!
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3
Resposta:
Natural e legítima.
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