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— O biotipo pode facilitar e muito. Por exemplo, o jogador basquete Michael Jordan tem um 1,98 m. Com certeza, ele tem mais facilidade em realizar saltos em altura inimagináveis para nós — explica o personal trainer Edmar Lopes, que pondera: — Mas, se o atleta não foi sorteado na loteria genética para determinado esporte, ele apenas terá que treinar mais.
Além de características físicas, há três biotipos mais comuns, de acordo com a estrutura muscular e óssea do indivíduo: o ectomorfo (pessoas mais altas e magras, com membros longos), o mesomorfo (composição corporal naturalmente mais atlética, com metabolismo mais eficiente) e o endomorfo (aqueles mais baixos e com facilidade de acumular gordura).
— Determinadas atividades físicas vão ser mais fáceis para cada biotipo. É importante ter cuidado e levar isso em consideração isso, na hora de uma avaliação médica e nutricional. Um indivíduo ectomorfo, por exemplo, precisa de atenção na hora de fazer uma atividade muito pesada, senão vai ter cada vez mais dificuldade de ganhar peso — explica o médico do esporte Rodrigo Freitas.
O contrário também pode acontecer. Um esporte que se treine repetidamente tende a refletir no corpo do atleta, transformando-o.
— Na natação, por exemplo, as costas se alargam devido a inúmeras horas de treino trabalhando braços e toda a parte superior do corpo — esclarece Edmar.
O personal trainer cita, porém, casos em que os atributos físicos não fizeram diferença. A jogadora brasileira de vôlei de praia Shelda Bedê fez história mesmo com uma estatura média, de 1,65m.
— O importante na hora de escolher um exercício é pensar no que motiva o atleta a acordar todos os dias para treinar duro, seja qual for sua forma física. Quem manda é a força de vontade.