• Matéria: História
  • Autor: T3ddy24
  • Perguntado 7 anos atrás

Para um trabalho

Sobre o Anarquismo: quais são seus tipos e suas funções ??


Obs: quero reposta grande

Respostas

respondido por: jainev2018
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O surgimento do anarquismo relaciona-se a um contexto histórico particular da segunda metade do século XIX, que implicou mudanças sociais amplas e significativas.[20] Os historiadores Lucien van der Walt e Steven Hirsch apontam que, durante o século XIX, o capitalismo desenvolveu-se e globalizou-se, a partir da integração das estruturas econômicas mundiais, dentro de marcos estabelecidos pela Segunda Revolução Industrial;[21] ao mesmo tempo, os Estados Modernos consolidaram-se e levaram a cabo uma expansão imperial significativa ligada em grande parte ao aumento da produção mundial e às novas tecnologias desenvolvidas.[21] Tais processos são acompanhados por um crescimento significativo da imigração de trabalhadores, com aumentos sem precedentes na migração transoceânica e intracontinental[21] e ao mesmo tempo por um desenvolvimento significativo das tecnologias em geral, em especial dos transportes e das comunicações.[21] A promoção do racionalismo e a circulação de valores modernos como a liberdade individual e a igualdade perante a lei, que ganharam relevância com a Revolução Francesa e contribuíram com o enfraquecimento da influência religiosa na sociedade,[22] também são aspectos a serem levados em consideração no contexto de surgimento do anarquismo.[23] Assim como a reorganização das classes sociais e seu protagonismo em conflitos nas cidades e nos campos, que, em geral, acabaram contribuindo com o fortalecimento da noção de que a ação humana poderia modificar o futuro. Em especial, os conflitos de classe fortaleceram a noção de que os oprimidos, por meio de sua ação, poderiam transformar a sociedade,[24] noção favorecida pelo próprio surgimento e desenvolvimento das ideias socialistas durante o início do século XIX.[20] Nesse contexto, surgem movimentos que, não se sentindo contemplados pelas ideologias políticas em voga, desenvolvem, a partir de uma inter-relação prática-teórica, os elementos fundamentais do anarquismo.[25] Este surge no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) no final da década de 1860 através da radicalização do mutualismo proudhonista.[26] O anarquismo, entre 1868 e 1894, já havia se desenvolvido significativamente e também havia sido difundido globalmente, e exerceu, até 1949, grande influência entre os movimentos operários e revolucionários, embora tenha continuado a exercer influência significativa em diversos movimentos sociais do período pós-guerra até a contemporaneidade, entre fluxos e refluxos.[9]

Anarquismo é uma ideologia política que se opõe a todo tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado.[1] Através de uma análise crítica da dominação, o anarquismo pretende superar a ordem social na qual esta se faz presente através de um projeto construtivo baseado na defesa da autogestão,[1][2] tendo em vista a constituição de uma sociedade libertária baseada na cooperação e na ajuda mútua entre os indivíduos e onde estes possam associar-se livremente.[3][4]  

Os meios para se alcançar tais objetivos são motivos de debates e divergências entre os anarquistas.[1][5] Com base em discussões estratégicas acerca da organização anarquista, das lutas de curto prazo e da violência, estabelecem-se duas correntes do anarquismo: o anarquismo insurrecionário e o anarquismo social ou de massas.[6] O anarquismo insurrecionário afirma que as lutas de curto prazo por reformas e que os movimentos de massa organizados são incompatíveis com o anarquismo, dando ênfase à propaganda pelo ato como o principal meio para despertar uma revolta espontânea revolucionária.[7] Já o anarquismo social ou de massas enfatiza a noção de que apenas movimentos de massa podem ser capazes de provocar a transformação social desejada pelos anarquistas, e que tais movimentos, constituídos normalmente por meio de lutas por reformas e questões imediatas, devem contar com a presença dos anarquistas, que devem trabalhar no sentido de radicalizá-los e transformá-los em agentes revolucionários.[8]  

Historicamente, o anarquismo é um fenômeno moderno, surgindo na segunda metade do século XIX no contexto da Segunda Revolução Industrial, a partir da radicalização do mutualismo de Pierre-Joseph Proudhon no seio da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), durante o final da década de 1860. Entre 1868 e 1894, o anarquismo já havia se desenvolvido significativamente e também havia sido difundido globalmente, exercendo, até 1949, grande influência entre os movimentos operários e revolucionários, embora tenha continuado a exercer influência significativa em diversos movimentos sociais do período pós-guerra até a contemporaneidade, entre fluxos e refluxos.[9]

respondido por: kesia1200
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Resposta:

Anarquismo é um sistema político que defende a anarquia, que busca o fim do Estado e da sua autoridade.

O termo anarquismo tem origem na palavra grega anarkhia, que significa "ausência de governo". Representa o estado da sociedade ideal em que o bem comum resultaria da coerente conjugação dos interesses de cada um.

Explicação:

Tipos de Anarquismo

Apesar de a ideia central ser a mesma, o anarquismo divide-se em duas correntes diferentes. Isso acontece pois alguns anarquistas têm opiniões distintas relativamente a um mesmo tema.

Conheça algumas características de uma pessoa anarquista.

As principais correntes anarquistas são o anarquismo individualista e o anarquismo coletivista.

O anarquismo individualista se opõe ao anarquismo coletivista pois crê que a coletividade pode acabar resultando em autoritarismo. Ele considera que, a partir do momento em que um grupo de indivíduos se une, esse grupo pode acabar exercendo alguma autoridade sobre os demais.

Por outro lado, o anarquismo coletivista se opõe ao anarquismo individualista pois julga que o individualismo pode resultar na mesma lógica do capitalismo. Nesse caso, o poder ficaria centralizado, por exemplo, se um indivíduo acabasse por se destacar mais do que os demais em determinada atividade.

Diferenças entre o Anarquismo, Socialismo e Comunismo

O anarquismo se diferencia do socialismo e comunismo por ser o único movimento inimigo absoluto do estado. Contudo, o anarquismo compartilha com o socialismo e comunismo muitas das suas hipóteses e objetivos. Apesar disso, o anarquismo amadureceu bastante menos que o socialismo e comunismo, e não atua unitariamente em pontos importantes.

Os três movimentos são opostos à mentalidade e economia capitalista, mas têm formas bastantes diferentes de oposição.

Enquanto o socialismo e comunismo pretendem alterar o Estado, dando poder ao proletariado e tornando as propriedades coletivas, o anarquismo defende que o estado tem que ser completamente abolido, porque qualquer forma de Estado mais cedo ou mais tarde se transformaria em um regime autoritário, opressor e de exclusão.

Anarquismo no Brasil

O anarquismo teve o seu início por volta de 1850 graças à influência de imigrantes vindos da Europa. Atingiu o seu ponto mais alto no século XX, pois era uma doutrina muito apreciada entre as classes operárias, o que gerou as grandes greves em São Paulo e Rio de Janeiro, em 1917, 1918 e 1919. O partido Comunista Anarquista ficou menos influente com a criação do Partido Comunista em 1922.

Apesar de ainda existirem no Brasil alguns movimentos anarquistas, este não possuem a mesma relevância de outros tempos.

Características do Anarquismo

Busca o fim do Estado;

Rejeita o poder estatal;

Rejeita o autoritarismo;

Crítica ao capitalismo;

Crítica às diferenças entre as classes sociais e econômicas;

Não nega a ordem social ou o desenvolvimento, mas sem a influência de um governo;

Valorização de instituições econômicas e sociais que sejam formadas por membros voluntários;

Contra a monopolização da propriedade (privada e pública);

Exigência de um grande senso ético das pessoas para que possa funcionar.

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