• Matéria: Pedagogia
  • Autor: Bene24
  • Perguntado 7 anos atrás

8) Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais: o narrador relatava as experiências passadas a ouvintes que participavam do mesmo contexto comunicacional. Era uma espécie de história encarnada nas pessoas: quando os mais velhos morriam, apagavam-se dados irrecuperáveis pelo grupo social. O saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva; Conhecimento que transforma" estratégia para garantir a preservação de crenças e valores. O tempo era concebido como um movimento cíclico, num horizonte de eterno retorno. A escrita inaugurou uma segunda etapa na história humana. Com ela:
a) mudaram as relações entre o indivíduo e a memória social;
b) o sujeito pôde projetar sua visão de mundo, sua cultura, seus sentimentos e vivências, no papel;
c) pôde analisar o próprio conhecimento das coisas e do mundo, e fazê-lo chegar até os homens de outras culturas e outros tempos;
d) todas as alternativas anteriores estão corretas.

9) A escola costuma limitar a possibilidade de penetrar na experiência do outro; com seus currículos rígidos, fundamentados sobre uma concepção racionalista e linear, a educação escolar muitas vezes se constitui como dominação da razão sobre outras competências e saberes humanos, mais ligados ao espírito, à afetividade, ao emocional. A relação com textos não se dá tanto pela narrativa e pela criação como pela interpretação e análise morfológica, abrindo-se mão da memória e da experiência pessoal, em nome da centralidade do intelecto, imposta pela busca prioritária de uma compreensão teórica do real e da linguagem. A escola como a conhecemos até agora, enfim, tem muito mais de monologismo do que de polifonia – estou me apropriando de conceitos do linguista russo Mikhail Bakhtin. Uma escola monológica é aquela em que: a) um único sentido sobressai, impedindo os demais de virem à tona. Esse tipo de trabalho com a linguagem inclui a dimensão criadora;
b) a língua passa a servir, numa análise mais ampla, até mesmo como um instrumento de reprodução do sistema;
c) não existe nem a primeira nem a última palavra, e não existem fronteiras para um contexto dialógico;
d) Em qualquer momento do diálogo existem as massas enormes e ilimitadas de sentidos esquecidos que serão recordados e reviverão em um contexto e num aspecto novo.

10) A conexão simultânea dos atores da comunicação a uma mesma rede traz uma relação totalmente nova com os conceitos de contexto, espaço e temporalidade. Do horizonte do eterno retorno das narrativas, e da linearidade das culturas letradas, passamos a uma percepção do tempo, mais do que como linhas, como pontos ou segmentos da imensa rede pela qual nos movimentamos. Vivemos num ritmo de velocidade pura; como afirma Lévy (1993), não há horizonte, nem ponto-limite, um ―fim‖ no término da linha. Ao contrário, vivemos uma fragmentação do tempo, numa série de presentes ininterruptos, que não se sobrepõem uns aos outros, como páginas de um livro, mas existem simultaneamente, em tempo real, com intensidades múltiplas que variam de acordo com o momento. Enquanto na era da escrita o mote é ―construir o futuro‖, hoje vale o que ocorre neste preciso momento. Neste texto, Levy refere-se:
a) Ao ciberespaço
b) À cibercultura
c) Ao potencial da Internet
d) Ao hipertexto

Respostas

respondido por: ryanredbr1
8

Resposta:b) a ciberliteratura

Explicação:

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