Respostas
Resposta:
Principais acontecimentos da Segunda Guerra Mundial
O período foi marcado por acontecimentos terríveis, que são lembrados até hoje como exemplos que não devem se repetir.
Antissemitismo
Hitler afirmava que a raça ariana era superior às outras, as melhores espécies da humanidade. Por outro lado, classificava os judeus como seres inferiores e os responsabilizava pelos fracassos do país no período seguinte à Primeira Guerra.
Desde o começo de seu governo, implementou medidas que discriminavam os judeus na Alemanha. Em 1935, mesmo antes da guerra, assinou a Lei de Nuremberg, que segregava esse povo e os proibia de trabalhar em agências governamentais, serem atendidos em hospitais, obter cidadania alemã, entre outras formas de opressão.
Com a conquista de outros territórios, a perseguição se espalhou pela Europa.
Campos de concentração
Eram locais para onde o governo nazista enviava judeus, inimigos políticos e doentes mentais. Lá, as pessoas eram submetidas a trabalhos forçados, condições subumanas e privação de alimentos. Muitos morriam de fome e doenças, enquanto outros eram mortos deliberadamente.
Depois, o governo nazista construiu campos de extermínio. Nesses locais, eles realmente matavam não só judeus, mas também ciganos, religiosos pacifistas e prisioneiros eslavos.
Holocausto
Trata-se do assassinato de judeus em escala industrial. Esse massacre, também conhecido como genocídio ou extermínio em massa, tinha como objetivo aniquilar esse povo da Europa. Segundo historiadores, o governo nazista conseguiu exterminar mais de 6 milhões de judeus.
Bombardeio nuclear
Um dos mais chocantes eventos foi a destruição das cidades de Hiroshima e Nagasaki. Elas foram bombardeadas pelos Estados Unidos, que utilizou bombas atômicas nessa ofensiva.
O ataque aconteceu depois que o Japão já havia assinado o tratado de rendição, o que tornou o acontecimento ainda mais inaceitável para as outras nações.
Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
A participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi bastante controversa. Embora o país tenha enviado os soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar ao lado dos aliados, o governo “flertava” também com os países do Eixo.
O Brasil enviou 25.445 soldados para o campo de batalha no ano de 1944. Eles permaneceram em combate por sete meses, em que a FEB contabilizou três mil feridos e 450 mortos.
Por outro lado, o presidente Getúlio Vargas deportou Olga Benário para a Alemanha, entregando uma judia nas mãos do governo nazista. Esposa de Carlos Prestes, ela estava grávida. Depois do nascimento da filha, foi levada a um campo de concentração, onde morreu aos 34 anos.
O fim da Segunda Guerra Mundial
Além das sucessivas derrotas, o Eixo teve uma baixa importante. Em 1943, o general Pietro Badoglio derrubou o comandante fascista italiano que havia se aliado aos nazistas, Benito Mussolini. Portanto, em 1943 a Itália não apenas deixou ou Eixo, mas se rendeu aos Aliados e se juntou a eles na batalha.
Em maio de 1945, a Alemanha assinou o tratado de rendição, abrindo caminho para o fim dessa guerra. O Japão se rendeu apenas em 2 de setembro de 1945, colocando definitivamente fim ao conflito.
As consequências da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial deixou marcas que duraram décadas. Em um primeiro momento, as nações sentiram o grande impacto da destruição de fábricas, cidades arrasadas por bombardeios, redução da produção industrial e agrícola, necessidade de reconstruir toda a infraestrutura de transporte, entre outras.
A Inglaterra, que até então ocupava um espaço central na política mundial, perdeu esse espaço para os Estados Unidos e a Rússia. No entanto, esses países não estabeleceram uma posição de liderança conjunta. Eles polarizaram o mundo em dois blocos, iniciando uma corrida armamentista conhecida como Guerra Fria.
No campo humano, ocorreram as maiores perdas. A estimativa é de que 55 milhões de pessoas morreram devido ao conflito. Para evitar outros acontecimentos como esse, em 1945 foi criada a ONU — Organização das Nações Unidas. Seu objetivo é mediar os conflitos que surgem entre os países e tomar as medidas necessárias para promover e manter a paz mundial.
Resposta:
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
⎯ A Paz Armada:
No início do séc. XX, as grandes potências europeias se encontravam num clima de muita tensão e rivalidade. Havia a impressão de que um confronto era cada vez mais inevitável. Prevendo o pior, começaram a aumentar a produção de artefatos bélicos (de guerra).
Isso se devia pelo fato, primeiramente, da disputa econômica entre elas. Ao mesmo tempo em que brigavam pelo domínio dos mercados coloniais na África e na Ásia, fechavam seus mercados internos aos produtos dos países concorrentes.
Além disso, tinham-se sucedido nos países europeus, desde o século XIX, os movimentos nacionalistas, que defendiam a reunião num mesmo país de povos que tinham a mesma origem e a mesma cultura. Os principais eram o pan-eslavismo, que lutava pela reunião dos povos eslavos, apoiados pela Rússia; e o pangermanismo, que pretendia anexar à Alemanha os territórios ocupados por germânicos. Por sua vez, os franceses não esqueciam a derrota na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, em que perderam os ricos territórios da Alsácia e da Lorena, e sonhavam com uma oportunidade em recuperá-los.
Com o objetivo de somar forças contra os adversários, formaram-se dois blocos europeus: de um lado, a Tríplice Aliança, com a Alemanha, a Áustria e a Itália (que, mais tarde, mudaria de lado) como principais forças; e a Tríplice Entente, com a Inglaterra, a França e a Rússia como líderes. A tensão crescia a cada dia.
⎯ A guerra:
O barril de pólvora explodiu, em 1914, com o assassinato do príncipe herdeiro da Áustria, Francisco Ferdinando, quando visitava a cidade de Saraievo, por um nacionalista eslavo, ligado à Sérvia. A partir daí, começou a escalada da guerra. A Áustria declarou guerra à Sérvia. A Rússia, que apoiava os eslavos, declarou guerra à Áustria. E então, os demais países foram levados ao conflito, seguindo suas alianças.
O início da guerra foi caracterizado pela intensa movimentação das tropas alemãs, que conseguiram invadir a França e ocupar uma parte de seu território. Quando os franceses conseguiram deter o avanço dos alemães, a guerra entra numa segunda fase longa e desgastante: a chamada “guerra de trincheiras”, em que os soldados permaneciam em longas valas cavadas no chão, sob constante ataque, enfrentando o frio, a chuva, a sujeira, a fome e doenças. A partir de 1917, a guerra entrou em sua última fase, quando a Rússia se retira, motivada pela revolução socialista que acontecia em seu território, e quando os Estados Unidos entram efetivamente no conflito devido aos ataques de submarinos alemães a navios mercantes estadunidenses que levavam provisões aos países da Entente. Dessa forma, os alemães não têm mais condições de se manter na guerra, já que o poder financeiro e militar dos EUA era imenso. A Alemanha já não podia mais contar com a ajuda de seus aliados, encontrando-se isolada e esgotada, restando-lhe apenas pedir rendição em 1918.
Quanto ao Brasil, da mesma forma que os EUA, declarou guerra à Alemanha após o bombardeio do navio mercante Paraná por um submarino alemão, mas sua participação foi restrita, limitando-se a fazer patrulhamentos nas águas do Atlântico e enviar médicos e aviadores.
⎯ O pós-guerra:
Derrotada, a Alemanha foi considerada a grande culpada pela guerra. Em 1920, foi assinado o Tratado de Versalhes, em que os países vencedores, liderados pelos EUA, França e Inglaterra, colocaram uma série de
imposições a serem cumpridas pelos alemães, como a devolução de todos os territórios e riquezas conquistados durante a guerra e o pagamento de pesadas indenizações aos países que se sentiram prejudicados. Além disso, a situação política, dentro da Alemanha, era instável. No fim da guerra, com a fuga do rei Guilherme II, foi instituída a República de Weimar, que negociou a rendição e reorganizou o país. Porém, as duras condições do Tratado de Versalhes causaram profunda indignação nos alemães, pois consideravam-nas injustas, vingativas e humilhantes, além de aprofundarem a crise econômica que se seguiu ao conflito, responsável por uma onda de fome e miséria na Alemanha.
Em 1920, foi criada a Liga das Nações, um fórum onde os países discutiriam, pela via diplomática, os futuros problemas, com vista a evitar novos conflitos. Apesar de ser uma idéia do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson, os próprios estadunidenses acabaram não fazendo parte dela, proibidos pelo Senado, que não aceitavam que uma instituição internacional fiscalizasse as decisões dos EUA. Com a igual recusa da União Soviética (ex-Rússia) e da Alemanha, a Liga das Nações acabou ficando sem força política para evitar novos conflitos.
Alguns países europeus foram desmembrados, como o Império Austro-Húngaro, o Império Russo e o Império Turco, surgindo países novos como a Tchecoslováquia, a Hungria, a Áustria, a Polônia, a Iugoslávia, a Letônia, a Lituânia e a Estônia. Ainda antes do fim da guerra, a Rússia dos czares daria lugar à União Soviética socialista.