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HistóricoEditar
O Museu do Estado de Pernambuco foi criado em 24 de agosto de 1928, através de lei estadual, como Museu Histórico e de Arte Antiga, subordinado à Inspetoria Estadual de Monumentos Nacionais, sendo inaugurado em 7 de setembro de 1930, funcionando no Palácio da Justiça, e contando com uma coleção composta principalmente pelas obras do artista pernambucano Telles Júnior e mais poucas peças, como os retratos imperiais, documentos, algumas litografias e mobília.

Willem Hondius: Retrato de Hendrick Lonck, 1631.
Extinto esse museu em 1933, seu acervo passou à guarda da Biblioteca Pública do Estado, onde permaneceu até 1940. Neste ano, o museu foi recriado, por decreto de 10 de maio de 1940, passando a funcionar em um palacete que pertencera a Augusto Frederico de Oliveira, filho de Eduardo Candido de Oliveira, Barão de Beberibe, e que é um exemplar típico e importante da arquitetura aristocrática pernambucana do século XIX.
Reformado no início do século XX, o prédio recebeu um segundo pavimento e, em 1951, um pavilhão anexo. Novas reformas levadas a cabo em 1998adicionaram outros espaços de exposição nos porões do casarão. Fechado em 2003 para novas reformulações, o museu reabriu em 2006.
ColeçãoEditar
Seu acervo inclui mobiliário, artes decorativas, documentos e livros históricos, joalheria e etnografia indígena. O Centro de Documentação do Espaço Cícero Dias oferece para consulta uma biblioteca de 4 mil volumes que inclui obras raras.
O núcleo inicial do acervo foi um conjunto de peças pertencentes ao comendador José Ferreira Baltar, adquirido em 1929 e que compunha um grupo de pinturas do supracitado Telles Júnior, mais objetos indígenas, álbuns fotográficos e gravuras. No ano seguinte, foi recebida, em doação, uma coleção do Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco, com 127 itens de mobília, porcelana e retratos.

Maximiano Mafra: Retrato de Dom Pedro II, 1851.
Na década de 1940, foram incorporados objetos de cultos afro-brasileiros que vinham sendo apreendidos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, uma vez que as religiões afro, então, eram reprimidas e associadas à criminalidade, e o estudioso Carlos Estevão de Oliveira doou sua coleção pessoal com mais de 3 mil peças de caráter antropológico e etnológico, onde merecem destaque o conjunto de 101 peças marajoaras e 86 itens de arte plumária Urubu-Kaapor.

Anônimo: Retrato de Henrique Dias, século XVII.
Em 1950, um grande grupo de objetos, com cerca de 1.800 peças de porcelana e mobiliário, foi desapropriado pelo Estado e entregue ao museu, perfazendo a Coleção Brás Ribeiro. Em 1952chegaram 28 peças pré-colombianas andinas doadas pelo general Paulo Figueiredo. Em 1984 foi adquirida a Coleção Lívio Xavier, com 250 peças, em sua maioria ex-votos.
O museu tem significativa coleção de arte sacra, com estatuária, crucifixos e oratórios, de porcelanas chinesas e inglesas, marfins, talha e mobiliário pernambucano do séculos XVIII e XIX, cristais, ourivesaria, e instrumentos musicais. A coleção também documenta o período holandês em Pernambuco com pinturas, fragmentos de arquitetura, armas e gravuras, e o período imperial é ilustrado com obras de retratística de membros da nobreza e com um rico conjunto de imagens em gravura e fotografia de Friedrich Hagedorn e outros autores que registraram a paisagem pernambucana no século XIX.