Respostas
A composição étnica e racial da sociedade brasileira é resultado de uma confluência de pessoas de várias origens étnicas diferentes, dos povos indígenas originais, negros africanos,[2] dos colonizadores portugueses,[2] e de posteriores ondas imigratórias de europeus,[2] árabes e japoneses, além de outros povos asiáticos e de países sul-americanos.
Há uma diferença entre os conceitos de raça e etnia. Raça é uma construção social utilizada para destingir pessoas em termos de uma ou mais marcas físicas, dentre elas a cor, que são socialmente significativas. Desse modo, a raça é um termo sociológico e não biológico. Em termos biológicos considera-se que há apenas uma raça humana. Um grupo étnico, por outro lado, corresponde a uma categoria de pessoas cujas marcas culturais percebidas são consideras socialmente significativas. Os grupos étnicos diferem entre si em termos de língua, religião, costumes, valores, ancestralidade entre outras marcas culturais.[3] O Brasil pode ser apontado como um exemplo de que o conceito de raça é uma construção social,[4] e que o entendimento de raça pode variar em diferentes sociedades.
Nos séculos XIX e XX, a cultura brasileira tem promovido uma integração e miscigenação racial.[5] No entanto, as relações raciais no Brasil não têm sido harmônicas, especialmente em relação ao papel de desvantagem dos negros brasileiros e indígenas, grupos fortemente explorados no período colonial do país, que tendem a ocupar posições menos prestigiadas na sociedade brasileira moderna, além das questões de choque cultural e dificuldade de preservação étnico-racial no país.