Em 2002, o candidato - depois de ter sido eleito presidente - Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido, o PT, conviveram com o desafio diário de demostrar aos setores mais conservadores da sociedade que, caso ganhassem a eleição, tratariam com austeridade e "sem choques" as questões relacionadas à politica econômica. Por conta dessa situação, vários esforços de comunicação foram executados pelo comando da companhia para que as dúvidas a respeito diminuíssem. No entanto, ao final da primeira semana de novembro, pouco depois da eleição, a divulgação do possível não pagamento de uma dívida da Prefeitura de São Paulo (também administrada pelo PT) com a União quase põe abaixo a estratégia de criar uma imagem menos radical das intenções do partido em relações às questões econômicas. No dia 06 de Novembro de 2002, conforme a Folha on-line, a notícia do eventual não pagamento de R$3 bilhões em dívida (20% da dívida municipal de São Paulo) pela prefeita Marta Suplicy estremeceu os mercados externos e domésticos. Isso porque Marta pertence ao mesmo partido do presidente eleito - Luiz Inácio Lula da Silva -, o PT, o que gerou desconfiança no mercado quanto ao governo federal. A crise foi contornada com a declaração do tesouro nacional desmentindo um possível calote da dívida. A instituição esclareceu que a Prefeitura de São Paulo apenas deixou de optar por uma amortização extraordinária, não estando inadimplente com a União. O secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guardia, afirmou que se tratava de uma "interpretação equivocada" do episódio, uma vez que não existia nada de irregular, de calote ou de flexibilização de regras, pois a prefeitura paulistana tinha a possibilidade de fazer uma amortização de 20% de sua dívida com a União para evitar uma aumento dos juros sobre esta - dos atuais 6% ao ano para 9% ao ano -, e o que a administração municipal fez foi não exercer esse direito, pois o pagamento não era obrigatório. Quais são as possíveis causas para o problema de comunicação descrito?
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PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Essa situação exemplifica de maneira rica uma comunicação mal feita. Sem a pretensão de esgotar as possibilidades, é possível apontar algumas hipóteses por trás do ocorrido:
- O comunicador não soube elaborar a mensagem.
- O comunicador não soube avaliar em que contexto os receptores interpretariam o que estava sendo informado.
- O comunicador não soube estimular adequadamente o feedback, dando margem à divulgação incorreta da notícia.
Mesmo com o esclarecimento posterior, a confusão e a impressão negativas que contaminaram o mercado naquele episódio levaram dias para serem esquecidas.
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