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Explicação:
África devassada Se, até 1870, o interior da África permanecia desconhecido dos europeus e era governado por seus próprios reis, rainhas e chefes de clãs, a partir daquela década rapidamente a situação começou a mudar. A miragem de tesouros fabulosos e de uma natureza desafiadora e ainda intocada estimulou aventureiros transformados em heróis pela imprensa europeia e norte-americana. Entre eles, destacou-se o médico e missionário escocês David Livingstone que, de 1849 até sua morte, em 1873, fez diversas expedições à África Central convertendo nativos e curando doentes. Já o jornalista galês-americano Henry Morton Stanley não tinha a mesma preocupação humanitária. Suas expedições à África central, de leste a oeste, entre 1874 e 1878, revelaram o sistema de navegação da bacia do Congo – informação valiosa que, repassada a Leopoldo II, da Bélgica, mediante generosa soma em dinheiro, permitiu ao rei belga encontrar uma saída a oeste, pelos portos suaílis, para as riquezas extraídas do Congo Belga. A população nativa, submetida ao trabalho forçado para entregar marfim e borracha aos colonizadores belgas, quase foi exterminada