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Boa noite!!
A falta de recursos da Coroa Portuguesa levou-a a transferir a tarefa da colonização para particulares, como já tinha feito nas ilhas do Atlântico. Naquelas terras, governadas por capitães-donatários, os portugueses obtinham grandes lucros com a plantação de cana-de-açúcar. Como Portugal pretendia produzir açúcar no Brasil, transplantou para cá esse modelo de ocupação. Com a implantação das capitanias hereditárias, o Estado absolutista português dividiu a colônia em 15 lotes, doados a 12 donatários, que deveriam desenvolver sua capitania com recursos próprios. Em troca, receberiam uma série de privilégios e assumiriam uma parcela do poder público. Os capitães-donatários tinham como obrigação criar vilas; doar sesmarias (latifúndios incultos ou abandonados) a quem tivesse escravos e capitais para cultivá-las, exceto aos judeus ou estrangeiros; administrar a justiça; cobrar impostos e repassá-los à Coroa; e estimular a agricultura. A Coroa reservava para si a segunda parte de todos os metais e pedras preciosas encontrados, a décima parte de todos os produtos da terra e o monopólio do pau-brasil e das drogas do sertão (guaraná, cacau e gengibre).
Por uma série de razões, o sistema de capitanias hereditárias fracassou. Dentre elas, podemos destacar:
A falta de capitais dos donatários e o desinteresse de muitos deles, que nem chegaram a tomar posse de seus lotes;
A falta de terras férteis em algumas capitanias;
Os ataques dos índios, que destruíram algumas vilas e engenhos;
A falta de comunicação entre as várias capitanias.