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Redução de repasses de dinheiro para a educação geram diversas vezes polêmicas. Sabe-se que atualmente, havendo contingenciamento de gastos, afetando também a educação, muitos erroneamente falam de tal contingenciamento como um corte e criticam a medida. Educação é algo muito importante para o país, e reduções no financiamento da educação tendem a gerar tensões.
No entanto, não se pode esquecer que o governo brasileiro está gastando mais do que arreacada já há alguns anos, e se não for possível realizar maiores ajustes nos gastos, mais medidas de contingenciamento (ou até cortes) como essas poderão acontecer.
Deve-se também ressaltar a presença de grupos de interesse. Ainda que seja de extrema importância o gasto com educação, muitas vezes esses gastos são desviados devido a grupos de interesse que se articulam ao redor desse financiamento, criando grandes redes de corrupção com salários muito acima do teto ou os famosos duplos salários ilegais de certos professores universitários.
Durante cortes de gastos e crises de pagamento, as coisas são forçadas a mudar, as redes de corrupção que se instalaram passam a sofrer dificuldades, e esses grupos de interesse que se organizam ao redor de tais redes de corrupção passam a usar do argumento de que tudo é um corte e protestar contra. É claro que existem razões justas para se protestar, mas não se pode negar a necessidade do governo ajustar suas contas, parar de gastar mais do que arrecada. Essa é a principal razão pela qual as vezes "cortes" se fazem necessários mesmo em áreas tão vitais como a educação.
Claro, políticos recebem muito dinheiro e deveriam em teoria ser também cortados, mas são eles que fazem as leis, e eles na maioria das vezes não irão votar para aprovar algo que lhes prejudique.