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Toda mudança de regime político na história de qualquer civilização do mundo sempre foi passível de contestações e revoltas. No caso do Brasil, a passagem do Império à República, concretizada em 15 de novembro de 1889, produziu uma onda de revoltas contra a ordem republicana nos quatro cantos do país. Você já deve ter ouvido falar na Guerra de Canudos (ocorrida na Bahia) e na Revolta de Contestado (em Santa Catarina).
Pois bem, somada aos conflitos desse período, também tivemos a chamada Revolução Federalista, que eclodiu em 1893, no Rio Grande do Sul, e expandiu-se para o Paraná e Santa Catarina.
Em 1893, o Brasil estava sob o comando do ditador Floriano Peixoto, o segundo presidente do Brasil e o último representante da chamada “República da Espada”. Peixoto, assim como grande parte dos membros do exército brasileiro da época e dos civis que articularam a República, tinha uma simpatia pelo sistema republicano moldado pelos ideais políticos positivistas, isto é, concepção progressista da política e sistema executivo forte.
No Rio Grande do Sul, as ideias positivistas tiveram um terreno fértil. Desde 1889, várias disputas políticas giraram em torno do positivismo, sobretudo em virtude do modo como o líder republicano gaúcho Júlio de Castilhos conduzia a campanha positivista nesse estado, apoiado pela elite tradicional de estancieiros. Contra Castilhos estava o líder liberal, defensor do ideal federalista, Gaspar da Silveira Martins.
Os liberais federalistas contestavam, sobretudo, a Constituição Estadual do Rio Grande do Sul, que sufocava o poder legislativo e dava grande espaço de controle para o poder executivo. O conflito estourou em fins do ano de 1893, quando colunas de maragatos (como eram chamados os federalistas) adentraram o estado de Santa Catarina, associaram-se aos membros da Revolta da Armada e prosseguiram avançando no Sul, invadindo o estado do Paraná e tomando a cidade de Curitiba.
A tentativa revolucionária gerou milhares de mortes, pois contra os combatentes federalistas o governo de Peixoto destinou, além do exército, parte de seus aliados paulistas, que possuíam os combatentes da Força Pública. O conflito estendeu-se até 1895, quando o então presidente civil Prudente de Morais conseguiu entrar em acordo com os revolucionários federalistas. Fonte ''Google''
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