Question

Há não muito tempo, o Brasil mobilizou-se para o referendo sobre comercialização de armas de fogo. Entre outras coisas, debateu-se o tema da violência, implicando a posse de armas com uma possível estatística sobre índices de criminalidade. A questão da ética no âmbito da técnica é antiga. Já nos anos 1950, Gustavo Corção dizia: “Há uma ideia muito difundida pela qual o progresso técnico é por si mesmo civilizador e aperfeiçoador do homem. Ora, se pretendemos desmontar o mito do progresso necessário, e afirmar o primado da moral, não podemos afirmar a eficácia contrária da atividade técnica. No que concerne à civilização e à sorte do homem, a técnica é neutra. Não traz nem tira a felicidade. Certas pessoas têm medo da técnica e da bomba. Tenho mais medo, por exemplo, de um concurso de filosofia do que de um invento físico, porque é daquele concurso que vai sair a data, o endereço e a aplicação da bomba de hidrogênio, e não da própria bomba.” CORÇÃO, G. Fronteiras da técnica. Rio de Janeiro: Agir, 1953, p. 12. [Adaptado].


Tendo em vista o texto e o comentário acima, é INCORRETO afirmar:


Escolha uma:

a. A confusão entre os campos da ética e da técnica é uma das importantes formas de desvio ideológico em argumentações envolvendo valores.

b. O argumento pelo “sim” à proibição confundia a arma como artefato técnico, com sua utilização, que é um ato moralmente significativo, levando a uma possível manipulação da opinião pública.

c. A questão levantada por Corção evidencia que não se deve usar o referendo para decidir temas graves.

d. Nenhuma das questões está incorreta.

e. A questão da finalidade do agir humano é índice da riqueza intelectual de que somos dotados e condição indispensável da participação democrática nas decisões.

Answer 1

Alternativa d

É preciso levar em consideração que Corção  não evidencia que não se deve utilizar um referendo para decidir tema graves, levando em consideração de que as pessoas devem decidir o que é melhor para elas. Esta seria uma alternativa incorreta, contudo, a alternativa d afirma que nenhuma das alternativas está incorreta, se tornando ela, a alternativa incorreta.