Mesmo tendo o imperador D. Pedro II governado em um cenário de grande estabilidade política até pelo menos a década de 1860, não resistiu às crises que se abateram sobre o império nas últimas décadas do séc. XIX. Sobre as razões que levaram à queda do imperador D. Pedro II, marque a alternativa verdadeira
a perda de apoio das elites proprietárias após a abolição da escravatura;
a substituição da Igreja Católica enquanto concepção religiosa oficial do Império;
o fortalecimento do movimento operário como importante força política nas zonas urbana e rural;
a superação da produção cafeeira pela produção industrial;
Respostas
Resposta: a perda de apoio das elites proprietárias após a abolição da escravatura.
Com a assinatura da abolição da escravatura no ano de 1888, as elites proprietárias perderam a sua principal mão-de-obra que servia em seus territórios para as atividades agrícolas, principalmente para a produção de café. Desde o início do processo de escravização de índios e dos povos negros africanos, tanto no Brasil como em toda a região do Atlântico, os escravos serviam como mão-de-obra primordial para os serviços, tanto a agricultura, como em engenhos e atividades domiciliares. Durante toda a história do Brasil, o país manteve-se como principal exportador e importador de escravos na América Latina, haja vista que o tráfico negreiro gerava bastante lucro para os seus organizadores. Apesar desse método ter sido proibido pela Lei Eusébio de Queiroz em 1850, o tráfico interno aumentou bastante, e a assinatura da abolição da escravatura causou uma reviravolta aos grandes proprietários, pois outrora a tentativa de trabalhos assalariados por imigrantes europeus reduziria os lucros obtidos, sendo que muito desses imigrantes também foram escravizados pelos proprietários.