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Suas obras são de extrema importância atualmente, pois retratam bem a sociedade atual, entretanto na época de suas publicações não foram devidamente valorizadas
Em suas obras, Marx trabalha bastante as distinções entre classes e suas relações, o opressor e o oprimido, uma luta que sempre existiu e possivelmente sempre existirá. Por exemplo, na Antiguidade Clássica a luta se dava pelo permanente confronto entre os senhores e os escravos. Já na Idade Média, o conflito entre as classes evidenciava-se no esforço dos servos e dos vilãos para se emanciparem do domínio que os senhores feudais exerciam sobre eles.
Marx tinha uma visão otimista com relação à luta de classes, acreditava que, ao final da batalha travada entre capitalistas e operários, os operários levariam a vitória por serem a maioria em quantidade de pessoas, ou seja, a grande maioria da sociedade. Constrói-se, a partir disso, um mundo ideal onde todas as diferenças de classes desapareceriam. Foi o que Marx escreveu em sua obra O manifesto Comunista em 1848: “Os proletários nada têm a perder a não ser seus grilhões. E têm um mundo a ganhar.”
A contribuição social de Marx, foi o livro O capital em 1967, cujo assunto tratado era o funcionamento da sociedade capitalista. Iniciando uma análise da produção de mercadoria, Marx descreve perfeitamente a descrição do sistema, sua evolução e suas transformações. A infraestrutura é formada pelas ferramentas, tais como máquinas e as técnicas, utilizadas na produção de mercadorias e relações que possibilitam a produção e a reprodução dessas mercadorias. Essas relações, no Capitalismo, ocorrem entre os proprietários dos meios de produção - terra, matérias-primas e máquinas e por aqueles que detêm apenas a força de trabalho.
“... a finalidade da maquinaria utilizada como capital. Igual a qualquer outro desenvolvimento da força produtiva do trabalho, ela se destina a baratear mercadorias e a encurtar a parte da jornada de trabalho que o trabalhador precisa para si mesmo, a fim de encompridar a outra parte da sua jornada de trabalho que ele dá de graça para o capitalista.Ela é meio de produção da mais valia” (Marx, 1984, p.7).
Ao se desenvolver, as forças produtivas e os proprietários geram conflitos e com isso abre-se a possibilidade de uma revolução social com possibilidade de produção de novas relações. Acreditava que, assim como ocorreu no escravismo e no feudalismo, o capitalismo chegaria ao fim com uma grande crise, uma espécie de catástrofe da economia e das instituições. Previa que essa falência do capitalismo ocorreria nos países mais industrializados da Europa, entretanto a concepção marxista veio a ocorrer na Rússia e na China, países rurais e atrasados.
O marxismo forneceu ao socialismo uma base científica, definindo lhe com clareza os objetivos e os meios de luta. Marx elaborou um teoria científica da evolução das sociedades e chegou a uma série de conclusões, tais como: a constante transformação das ideias e dos homens que tinham um papel essencial e dinâmico a realidade exterior; a importância da realidade econômica, por que é a partir dela que depende a sobrevivência e determina as relações de produção, relações sociais e relações políticas; a dinâmica de luta de classes entre os que dominam e se submetem aos bens de produção e mecanismos econômicos; a evolução das sociedades humanas como uma sucessão de modos de produção, elite dominadora e minoria da sociedade.
As contribuições teóricas de Marx para a sociedade atual são imprescindíveis, pois na concepção sociológica, as classes são bem divididas. Uma classe é a dos operários e a outra é a dos capitalistas, ambas distintas, visto que o benefício de uma é o prejuízo da outra. Dessa forma, Marx propôs novas formas de visualizar o mundo e a sociedade em que vivemos, pois continuamos seguindo o mesmo ciclo de modos de produção que Marx descreveu anos atrás.