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Segunda capital do Brasil e atual sede do governo do estado, a cidade do Rio de Janeiro abriga o maior cartão-postal brasileiro: o Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo moderno, e também se destaca pelo setor petrolífero.
O território do Rio de Janeiro foi batizado em 1º de janeiro de 1502, quando os integrantes da expedição de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio avistaram a baía de Guanabara e julgaram estar diante da foz de um rio. Quase três décadas depois, em 1531, Martim Afonso de Souza realizou uma expedição de reconhecimento da região. Mas ele não conseguiu expulsar os corsários franceses que, clandestinamente, retiravam pau-brasil do litoral fluminense.
Preocupado com o problema, o governador-geral do Brasil, Tomé de Souza, recomendou em 1552 que se realizasse naquelas terras um povoamento “bom e honrado”, pois era o ponto do litoral brasileiro favorito dos franceses.
Fotografia tirada em cimo do morro do Pão de Açucar, Rio de Janeiro.
Vista do Rio de Janeiro e da baía de Guanabara. Em primeiro plano, o bondinho do Pão de Açúcar, e centralizado ao fundo, a estátua do Cristo Redentor.
Em 1555, as autoridades estabelecidas em Salvador foram informadas de que os franceses, liderados pelo vice-almirante Villegaignon, haviam fundado na baía de Guanabara uma colônia, a França Antártica. Para a defesa das terras ocupadas foi construído o forte de Coligny. Em dois anos, chegaram mais de trezentos colonos calvinistas (protestantes).
Em 1560, chegou ao poder um novo governador-geral, Mem de Sá, com ordens expressas para expulsar os franceses do Rio de Janeiro. Após numerosos combates, as fortificações dos franceses foram destruídas, mas muitos deles permaneceram na região, auxiliados pelos índios tamoios.
Para tomar permanente a ocupação portuguesa, Estácio de Sá, sobrinho do governador-geral, fundou às margens da baía de Guanabara a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Depois de intensos combates com os tamoios e seus aliados franceses, o núcleo foi transferido para o momo do Castelo. Delimitou-se a partir desse ponto uma área de seis léguas quadradas, que deu origem à capitania Real do Rio de Janeiro.
No século XVIII, quando teve início o ciclo do ouro em Minas Gerais, a cidade do Rio de Janeiro tomou-se o principal porto de entrada de suprimentos para abastecer a região mineira, além de ser a porta de saída do ouro que seguia para a metrópole.
Em 1763, a capital foi transferida de Salvador para o Rio de janeiro. Apesar da decadência da mineração no final do século XVIII, a cidade voltou a ganhar destaque com a vinda da família real portuguesa em 1808.
Primeiras atividades econômicas
A chegada do príncipe-regente dom João VI, filho da rainha dona Maria I, trouxe grande impulso ao Rio de Janeiro. Colégios e hospitais foram construídos, e a cidade passou a sediar todos os órgãos de administração e justiça.
Embora a independência tenha sido declarada em São Paulo, foi no Rio de Janeiro que dom Pedro I recebeu a coroa de imperador do Brasil.
Quadro que retrata o Rio de Janeiro antigamente.
O Rio de Janeiro na fase áurea da cafeicultura.
No interior da província do Rio de Janeiro, iniciou-se um novo e importante ciclo econômico do país. A cafeicultura desenvolvida no vale do Paraíba fluminense proporcionou grande prosperidade durante o segundo reinado. Em 1854, a província abrigou a primeira ferrovia do país, que ligava o porto de Mauá, atual Magé, à chamada raiz da serra da Estrela, no caminho para Petrópolis.
Os cafezais ocupavam então extensas áreas junto aos municípios de Barra do Pirai, Valença, Vassouras, Resende, entre outros. Mas a abolição da escravatura em 1888 contribuiu para uma grave crise no setor, que teve de enfrentar a escassez de mão-de-obra somada ao esgotamento do solo.
Paralelamente à cafeicultura, a região conheceu, a partir da segunda metade do século XIX, um forte estímulo ao setor industrial, que lhe permitiu adentrar o século XX com a maior concentração desse setor no Brasil. Porém, na segunda metade do século passado, a produção fluminense viu-se superada pela do estado de São Paulo. Apesar disso, o estado manteve um papel de destaque no setor industrial nacional.
A transferência da capital
O Rio de Janeiro foi capital do Brasil de 1763 até 1960, quando a sede do poder nacional foi transferida para Brasília. A ideia de transferir a capital do país para o interior data do século XVIII, quando o marquês de Pombal manifestou sua preocupação com a segurança da capital da colônia.
Suas ideias foram retomadas em 1821 pelo estadista José Bonifácio de Andrada e Silva, que sugeriu inclusive o nome Brasília. Em 1891, a primeira Constituição da República chegou a delimitar o local oficial que deveria abrigar a nova capital, mas o projeto só se concretizou durante o governo de Juscelino Kubitschek.