• Matéria: Sociologia
  • Autor: gigibalai761
  • Perguntado 7 anos atrás

Qual a diferença entre o tratamento com os imigrantes europeus no Brasil e os imigrantes bolivianos, peruanos e haitianos? Preciso de um resumo, por favor me ajudem!​

Respostas

respondido por: anabelajoiasacessori
1

Resposta:

O Brasil volta a ser um país de imigração depois de passar décadas exportando mão de obra aos países desenvolvidos. O país se defronta agora com a necessidade de reformular sua legislação e sua política de imigração para fazer frente aos milhares de estrangeiros que vivem no país. Nesta reportagem vamos falar sobre a recente imigração haitiana e a forte imigração de bolivianos.

O movimento migratório tem muito a ver com oportunidades de trabalho. O ser humano migra para buscar um lugar onde as condições de vida sejam melhores. Existem convenções internacionais que reconhecem esse e outros direitos dos imigrantes. Por outro lado, nas condições de hoje, não existe país que tenha condições de acolher um enorme contingente de pessoas de uma hora para outra. Tentar impor um limite à entrada de estrangeiros é uma contradição com a qual convivem as economias modernas. O desafio é conciliar o direito de um país de controlar a imigração com o direito humano de migrar e procurar novas oportunidades.

A busca dessas melhores condições de vida tornou o Brasil um dos principais destinos para os haitianos após o terremoto que devastou aquele país da América Central em 2010. O abalo provocou a morte de 200 mil haitianos e provocou um colapso na economia daquele país, um dos mais pobres das Américas. Estima-se que vivam no Brasil hoje entre 4 mil e 7 mil haitianos. Não existe um número oficial porque parte deles é de clandestinos, que ainda se encontram em situação regular. Os haitianos já se espalham por mais de 50 municípios do Norte a Sul do país. E Brasília, a capital do país, é vista como um centro de oportunidades por um grupo de 25 deles que têm visto permanente e estão autorizados a trabalhar, explica a diretora do Instituto Migração e Direitos Humanos, irmã Rosita Milesi.

"Aqui, nós os acolhemos na medida em que vão chegando à nossa instituição. Orientamos quanto à documentação e os ajudamos desde que seja do desejo deles se estabelecer e conseguir um trabalho."

Eles trabalham em sua maior parte na construção civil e dividem pequenas moradias alugadas na cidade satélite do Varjão, local onde está situada a sede do IMDH, organização humanitária vinculada à igreja católica, que dá apoio a refugiados e imigrantes haitianos. Haitianos chegam ao Brasil desde 2010. O governo inicialmente lhes concedia visto de trabalho por questões humanitárias. Mas desde janeiro deste ano, o governo fechou a porteira aos haitianos ilegais que chegam pelas fronteiras do Peru e Bolívia e passou a oferecer cem vistos de trabalho por mês apenas na embaixada em Porto Príncipe, a capital do Haiti.

Contra a medida, o Ministério Público Federal no Acre recorreu à Justiça para tentar obrigar o governo a aceitar todos os haitianos que tentarem entrar no país sem visto.  

Os haitianos têm ainda alguma dificuldade para falar o português. Eles falam a língua nativa "creole", o francês, e alguns até mesmo "arranham" o espanhol. O IMDH tenta ajudar a superar a barreira do idioma, diz irmã Rosita.

Explicação:

Perguntas similares