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Nós primeiro encontramos Moisés nos capítulos iniciais do livro de Êxodo. No capítulo 1, aprendemos que, depois que o patriarca José resgatou sua família da grande fome e os situou na terra de Gósen (no Egito), os descendentes de Abraão viveram em paz por várias gerações até que subiu ao poder no Egito um faraó que "não conhecera a José" (Êxodo 1:8). Este faraó subjugou o povo hebreu e os usou como escravos para seus ponderosos projetos de construção. Porque Deus abençoou o povo hebreu com rápido crescimento numérico, os egípcios começaram a temer o crescente número de judeus que viviam em suas terras. Então, o faraó ordenou a morte de todos os filhos do sexo masculino nascidos de mulheres hebreias (Êxodo 1:22).
Em Êxodo 2, vemos a mãe de Moisés tentando salvar seu filho ao colocá-lo em uma cesta no rio Nilo. A cesta acabou sendo encontrada pela filha de Faraó, e ela adotou-o como seu filho e o criou no palácio do próprio faraó. Quando Moisés chegou à idade adulta, ele começou a ter empatia com o sofrimento de seu povo, e ao testemunhar um egípcio batendo em um escravo hebreu, Moisés interveio e matou o egípcio. Em outro incidente, Moisés tentou intervir em uma disputa entre dois hebreus, mas um dos hebreus repreendeu Moisés e sarcasticamente comentou: "Pensas matar-me, como mataste o egípcio?" (Êxodo 2:14). Percebendo que seu ato criminoso não estava mais escondido, Moisés fugiu para a terra de Midiã, onde novamente interveio — desta vez resgatando as filhas de Jetro de alguns bandidos. Em gratidão, Jetro (também chamado Reuel) concedeu sua filha Zípora a Moisés em casamento (Êxodo 2:15-21). Moisés viveu em Midiã por cerca de quarenta anos.
O próximo grande incidente na vida de Moisés foi seu encontro com Deus na sarça ardente (Êxodo 3—4), onde Deus o chamou para ser o salvador de Seu povo. Apesar de suas desculpas iniciais e um pedido imediato para que Deus enviasse outra pessoa, Moisés concordou em obedecê-lo. Deus prometeu enviar Arão, irmão de Moisés, junto com ele. O resto da história é bastante conhecido. Moisés e seu irmão, Arão, vão a Faraó em nome de Deus e exigem que ele deixasse as pessoas irem adorar ao Senhor. O faraó teimosamente se recusa, e dez pragas do julgamento divino caem sobre o povo e a terra, sendo a última praga a matança do primogênito. Antes desta praga final, Deus ordena a Moisés que instituísse a Páscoa, a qual é comemorativa do Seu ato salvífico em redimir o Seu povo da servidão no Egito.
Após o êxodo, Moisés conduziu o povo até a beira do Mar Vermelho, onde Deus providenciou outro milagre salvador ao abrir as águas e permitir que os hebreus passassem para o outro lado, mas causando o afogamento do exército egípcio (Êxodo 14). Moisés levou o povo ao pé do Monte Sinai, onde a Lei foi dada e a Antiga Aliança estabelecida entre Deus e a recém formada nação de Israel (Êxodo 19-24).
O resto do livro de Êxodo e todo o livro de Levítico acontecem enquanto os israelitas estão acampados ao pé do Sinai. Deus dá a Moisés instruções detalhadas para a construção do tabernáculo — uma tenda itinerante de adoração que pode ser montada e desmontada para fácil portabilidade — e para fazer os utensílios de adoração, a vestimenta sacerdotal e a arca da aliança, a qual era simbólica da presença de Deus entre o seu povo, bem como o lugar onde o sumo sacerdote realizaria a expiação anual. Deus também dá a Moisés instruções explícitas sobre como Ele deve ser adorado e diretrizes para manter a pureza e a santidade entre o povo. O livro de Números testemunha a mudança dos israelitas do Sinai para a beira da Terra Prometida, mas eles se recusam a entrar quando dez dos doze espiões trazem de volta um relatório ruim sobre a capacidade de Israel de tomar a terra. Deus condena esta geração de judeus a morrer no deserto por sua desobediência e os sujeita a quarenta anos de peregrinação no deserto. No final do livro de Números, a próxima geração de israelitas está de volta às fronteiras da Terra Prometida e pronta para confiar em Deus e tomá-la pela fé.
O livro de Deuteronômio mostra Moisés dando vários discursos (do tipo sermão) ao povo, lembrando-os do poder salvador e da fidelidade de Deus. Ele dá a segunda leitura da Lei (Deuteronômio 5) e prepara esta geração de israelitas para receber as promessas divinas. O próprio Moisés é proibido de entrar na terra por causa de seu pecado em Meribá (Números 20:10-13). No final do livro de Deuteronômio, a morte de Moisés é registrada (Deuteronômio 34). Ele escalou o Monte Nebo e é permitido contemplar a Terra Prometida. Moisés tinha 120 anos quando morreu, e a Bíblia registra que "não se lhe escureceram os olhos, nem se lhe abateu o vigor" (Deuteronômio 34:7). O próprio Senhor enterrou Moisés ."