Jogo da bola
A bela bola rola:
a bela bola de Raul.
Bola amarela,
a da Arabela.
A do Raul, azul.
Rola a amarela e pula a azul.
A bola é mole, é mole e rola.
A bola é bela, é bela e pula.
É bela, rola e pula, é mole, amarela, azul.
A do Raul é de Arabela, e a da Arabela é de Raul.
MEIRELES, Cecília. Isto ou Aquilo. São Paulo: Melhoramentos, 1990, p. 13.
O poema estabelece relações próximas com o mundo da criança. Observe as seguintes afirmativas:
I- Há uma aproximação com o mundo da criança sob o ponto de vista da narrativa: o poema conta uma história com início, meio e fim sobre as crianças e suas brincadeiras.
II- Há uma aproximação com o mundo da criança sob o ponto de vista do tema: o poema tematiza um jogo de bola, uma brincadeira muito comum na infância.
III- Há uma aproximação com o mundo da criança sob o ponto de vista das imagens e sensações: o poema brinca com as cores das bolas, azul e amarela e isso evoca imagens e sensações, não são compreensíveis para as crianças, como prazerosas.
IV- Há uma aproximação com o mundo da criança sob o ponto de vista dos personagens: Raul e Arabela no poema são caracterizados como crianças curiosas e contestadoras.
Assinale a alternativa que aponta as afirmativas verdadeiras:
São verdadeiras apenas as assertivas II e III.
São verdadeiras todas as assertivas.
São verdadeiras apenas as assertivas I e II.
São verdadeiras apenas as assertivas I e III.
São verdadeiras apenas as assertivas I e IV.
Poderíamos elencar muitas características que fazem da obra de José Bento Monteiro Lobato muito marcante e importante para a História da Literatura Infantil. Entre elas, destacamos especialmente uma, que foi citada no texto a seguir. Observe:
“Narizinho, Pedrinho e Emília são os protagonistas da história. Sua voz ecoa por todo o texto; personagens determinadas, não se submetem à vontade do adulto e não se deixam dominar. A voz da criança, antes abafada, começa a despontar e se faz ouvir. Há um pacto de leitura estabelecido entre o narrador e seus leitores, que muitas vezes se identificam com as personagens graças ao humor, às brincadeiras das crianças e à irreverência da boneca. Desta forma, a produção literária de Monteiro Lobato, dirigida ao leitor infantil, permanece atual. Tendo em vista as razões expostas, podemos afirmar que Monteiro Lobato é um contemporâneo”.
BECKER, Nilza de Campos. A contemporaneidade de Monteiro Lobato.
Revista FronteiraZ, São Paulo, n. 6, abril de 2011.
A partir da citação apresentada, qual característica de Lobato que tornou sua obra atemporal e marcante?
.O delineamento de personagens adultos que permitia que a imaginação das crianças fluísse: personagens adultos que não sufocam a criatividade infantil.
.O pacto da fantasia – Lobato construiu um mundo mágico e envolvente, em que o faz de conta torna tudo possível.
.O protagonismo da criança – a criança tem autonomia de pensar, de agir, de construir o seu conhecimento.
.A intertextualidade – a obra de Lobato explorava relação es intertextuais com cinema, quadrinhos, contos de fadas, folclore brasileiro.
.A construção da linguagem – a valorização de uma linguagem conhecida da criança, evitando arcaísmos e construindo neologismos.
PERGUNTA 3
Observe o trecho a seguir, pois, nele, Lobato critica as traduções de fábulas de La Fontaine.
“As fábulas em português que conheço, em geral traduções de La Fontaine, são pequenas moitas de amora-do-mato – espinhentas e impenetráveis. Que é que nossas crianças podem ler? Não vejo nada [...] É de tal pobreza e tão besta a nossa literatura infantil que nada acho para a iniciação dos meus filhos”. (LOBATO, 2010, p. 370).
LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre. São Paulo: Globo, 2010.
Apesar da crítica, em vários momentos de sua obra Lobato trará referências às Fábulas. O fato de primeiro Lobato criticar as fábulas, para depois utilizá-las em suas obras cria uma incoerência?
Não, pois se nas obras originais as fábulas são vividas por animais falantes, nas versões de Lobato são vivenciadas apenas por crianças.
Sim, pois reescritas por Lobato as fábulas continuam sendo espinhentas e impenetráveis.
Não, pois Lobato aplica em sua obra exatamente o que disse no trecho destacado: transforma as fábulas, que antes eram espinhentas e impenetráveis, em textos sedutores e encantadores.
Sim, pois fábulas são estruturas narrativas inadequadas para crianças, pois possuem alto grau de subjetivação.
Não, pois ele critica as fábulas de La Fontaine e na sua obra ele adapta somente fábulas de Esopo.
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