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A descentralização da política de incentivos fiscais começa a mostrar resultados. O processo industrial, antes concentrado nos grandes centros urbanos, vem sendo deslocado especialmente para regiões interioranas, fazendo surgir novos pólos econômicos. Paralelamente, as Capitais brasileiras estão sendo transformadas em centros de serviço por excelência.
Municípios menores, situados fora dos centros urbanos, já estão sendo responsáveis pela produção da metade da riqueza nacional. Essa constatação está refletida nos levantamentos das contas nacionais, realizadas pelo IBGE para quantificar o Produto Interno Bruto (PIB), correspondente à soma de todas as riquezas produzidas no País.
O arrefecimento das Capitais como unidades concentradoras da economia industrial tornou-se fenômeno visível em todas as regiões geoeconômicas. O processo começou por São Paulo, onde o peso de sua outrora pujança econômica foi o primeiro a encolher na formação do PIB nacional, caindo de 11,6% para 9,4% nos últimos cinco anos.
No âmbito da economia secundária, a capital paulista detinha 31,6% do PIB industrial do Estado, em 2000. Essa participação declinou para 26,5%, em razão da migração de empresas para outros mercados onde não há tradição de pressões trabalhistas e seus custos operacionais se tornam mais competitivos.
No Rio de Janeiro repetiu-se o fenômeno, retraindo-se sua contribuição para a formação do PIB industrial de 5,6% para 4, 3%. Em compensação, no período de 1999 a 2003, dos dez municípios com ganhos econômicos expressivos, três se situam no Rio: Campos de Goytacazes, Macaé e Duque de Caxias.
Na Bahia, Salvador vem perdendo terreno para o crescimento econômico de São Francisco do Conde e Camaçari. No Ceará, sua expansão industrial vem sendo, agora, partilhado entre Fortaleza, Maracanaú, Eusébio, Horizonte, Sobral, Caucaia, Pacatuba e Aquiraz, especialmente, em razão das novas indústrias instaladas nessas comunidades interioranas.
À semelhança dos fatos ocorridos em Fortaleza, quando o segmento industrial passou a se diversificar, nas décadas de 30 e 40, com as primeiras indústrias de extração de óleos vegetais, na sua região metropolitana vem-se repetindo os fenômenos de migração campo-cidade. O crescimento desordenado do contingente populacional tem gerado déficit habitacional, desemprego, carência de mão-de-obra qualificada e de serviços essenciais.
Os Municípios brindados com plantas industriais não se preocuparam em planejar sua expansão. A injeção de recursos financeiros tem possibilitado às economias locais incremento na arrecadação de impostos, na circulação da massa de salários e na abertura de novos mercados compradores de matérias-primas e de equipamentos industriais.
Nem assim esse crescimento vem sendo acompanhado por políticas públicas capazes de equacionar as novas demandas geradas pelas correntes migratórias. De todo modo, é salutar a redistribuição da riqueza por áreas anteriormente voltadas apenas para atividades agrícolas e pecuárias...
Espero ter ajudado! ! ! ☺☺☺