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O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos Estados Unidos e a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a cidade, concretizada nesta segunda-feira, foram o estopim dos confrontos mais mortíferos registrados entre israelenses e palestinos desde 2014.
Autoridades palestinas condenaram o que chamaram de um "massacre" cometido por forças israelenses, acusadas de matar pelo menos 58 manifestantes e deixar 2,7 mil feridos, enquanto o governo de Israel afirmou estar se defendendo de 40 mil palestinos que participavam de "atos de vandalismo violentos" e tentavam romper a cerca de segurança que demarca seu território na Faixa de Gaza.
O presidente americano, Donald Trump, celebrou a medida em um pronunciamento. "Israel é uma nação soberana que tem o direito de determinar qual é sua capital, mas nós falhamos por muito tempo em reconhecer o óbvio", declarou Trump. Segundo ele, os Estados Unidos continuam "comprometidos em viabilizar um acordo de paz duradouro".
Por sua vez, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, descreveu a decisão de Trump como o "tapa na cara do século" e disse que os Estados Unidos não são mais considerados por ele como um "mediador do conflito no Oriente Médio".
Jerusalém está no centro do conflito que já dura mais de 70 anos entre israelenses e palestinos - ambos veem a cidade como sagrada e a reivindicam como capital. Os recentes desdobramentos abrem mais um capítulo na história de animosidade entre os dois povos.