Respostas
Explicação:
Mas apesar de parecer que o impressionismo se trata de imitação do real, não é exatamente isso que os artistas impressionistas fazem. O impressionismo é sobre traduzir um objeto real através do olhar diferenciado, onde posteriormente essa forma de olhar se torna uma construção sobre o objeto real.[4]
Os impressionistas buscavam retratar os objetos através do contraste de cor e luz, onde as próprias pinceladas dos pintores se tornam uma marca de luz e sombra na tela. A pincelada do impressionismo deixa uma marca na tela, como se fosse a letra do autor; seu relevo, deixado na tela propositalmente, faz com que a luz e sombra estejam presentes em cada pincelada. A sensação, elemento fundante do impressionismo, deixa de ser puramente fisiológica e passa a ser construída e deliberada.[4]
O impressionismo, em primeira instância, se utiliza da paisagem como objeto único e central no quadro. Seria durante o Realismo que surgiria a paisagem como tema central de pinturas e quadros, tendo caráter especialmente referencial. O impressionismo é a técnica pictórica que levou seus artistas a representarem da melhor maneira a impressão visual da realidade.[5]
Mas o impressionismo não causou só reações de críticas. A resistência ao impressionismo e suas obras vinha da grande ruptura que o impressionismo trazia enquanto movimento: ele negligenciava as formas para privilegiar a cor. Não é todo o impressionismo que é rejeitado, no entanto. Algumas das características do impressionismo que foram adotadas da pintura clássica ainda são bem vistas pela maioria, sendo que podem ser enxergadas como o rigor que não era presente, até então, nas pinturas impressionistas.[6]
Por volta de 1884, surgiu uma estética relacionada àquela impressionista por excelência, que ainda que crítica ao impressionismo, continuaria seu legado. O neo-impressionismo não rejeitava todos os princípios e obras impressionistas como era comum à sua época, mas sim queriam dar continuidade ao que os impressionistas começaram, codificando suas descobertas de acordo com um método racional. Eles se aproveitam de Eugène Delacroix como o pai da pintura moderna, sendo que eles então o reivindicam como precursor de todo um movimento.[6]