Respostas
Resposta:
Parte das bactérias conhecidas e estudadas produzem genes que codificam fatores de virulência, que fornecem a elas melhores mecanismos de invasão, infecção e produção de toxinas que alteram o metabolismo das células animais, gerando danos aos tecidos. Estes micro-organismos ganham entrada no corpo humano através das mucosas, da inalação, de lesões na pele, da utilização de próteses e de procedimentos hospitalares invasivos. Em casos mais graves, ao atingirem a corrente sanguínea, elas se disseminam rapidamente pelo organismo, podendo acometer inclusive o cérebro, os pulmões, o coração e outros órgãos, que têm, assim, o seu funcionamento gravemente prejudicado. Por essas e outras razões, quando se fala em bactérias no geral, a reação da maioria das pessoas é de repulsa. Contudo, este é um pensamento errôneo! O ser humano não fica doente a todo momento, e isso se deve não somente à ação direta do sistema imune, como também à presença da microbiota residente. Este termo se refere à grande população fixa de micro-organismos (principalmente bactérias) presente em determinados locais do organismo animal, como pele, mucosas e trato digestivo
Explicação:
O homem é composto por mais células procarióticas do que eucarióticas (cerca de cem vezes mais) por conta da presença da microbiota. Esta é adquirida no momento do nascimento por parto normal, em que o bebê recebe as bactérias da microbiota do canal vaginal da mãe. A partir daí, ele passa a entrar em contato com o ambiente externo, recebendo bactérias presentes no local do nascimento e também através do contato com médicos, enfermeiros e, principalmente, com seus pais. Bebês que nascem por parto cesariano adquirem primeiramente as bactérias do ambiente hospitalar, perdendo a então a sua primeira e mais importante forma de proteção, já que esta pode protegê-los mais eficientemente contra uma possível invasão de micro-organismos virulentos com a formação dessa “capa” bacteriana sobre o corpo do recém-nascido, principalmente pelo fato de bebês não possuírem ainda o sistema imune desenvolvido. As bactérias, então, se aderem aos órgãos e vão aumentando em número e em diversidade. Com isso, a microbiota residente vai sendo estabelecida e modificada, de acordo com o crescimento da criança.
O homem é composto por mais células procarióticas do que eucarióticas (cerca de cem vezes mais) por conta da presença da microbiota. Esta é adquirida no momento do nascimento por parto normal, em que o bebê recebe as bactérias da microbiota do canal vaginal da mãe. A partir daí, ele passa a entrar em contato com o ambiente externo, recebendo bactérias presentes no local do nascimento e também através do contato com médicos, enfermeiros e, principalmente, com seus pais. Bebês que nascem por parto cesariano adquirem primeiramente as bactérias do ambiente hospitalar, perdendo a então a sua primeira e mais importante forma de proteção, já que esta pode protegê-los mais eficientemente contra uma possível invasão de micro-organismos virulentos com a formação dessa “capa” bacteriana sobre o corpo do recém-nascido, principalmente pelo fato de bebês não possuírem ainda o sistema imune desenvolvido. As bactérias, então, se aderem aos órgãos e vão aumentando em número e em diversidade. Com isso, a microbiota residente vai sendo estabelecida e modificada, de acordo com o crescimento da criança. A microbiota é pessoal: cada indivíduo possui um aporte distinto de bactérias. Ela tem extrema importância por ocupar todo o espaço que poderia ser tomado por bactérias e outros micro-organismos virulentos e produzir substâncias microbicidas, impedindo a adesão e a colonização dos patógenos no hospedeiro. Além disso, a microbiota estimula a ativação do sistema imune para que o número dessas bactérias se mantenha sob controle e, no trato intestinal, ajuda na metabolização de nutrientes obtidos na alimentação, para que sejam absorvidos e bem aproveitados pelo organismo.