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Resposta:
São deficientes a comunicação e entrosamento entre as empresas estatais e aquelas do setor privado. As primeiras representam um dos canais mais importantes de transferência de tecnologia Quando concluem pela necessidade de se adotai nova tecnologia, somente então dão disto conhe cimento às empresas nacionais e multinacionais, através de um edital de concorrência. Nestas circunstâncias, as empresas nacionais têm pouca pos sibil idade de concorrer com as multinacionais, por contar com recursos menores - seja na área de recursos financeiros, seja naquela de recursos humanos (tecnológicos) - para, mesmo com o auxílio dos institutos de pesquisa, desenvolver a tecnologia necessária, dentro do prazo requerido. Desta forma, a empresa nacional já se encontra previamente alijada da concorrência. Resulta, por esse motivo entre outros, via setor privado e estatal, faltar demanda aos institutos de pesquisa, que os orientasse no sentido de pesquisas coerentes com a realidade tecno-econômica nacional. Passam estes institutos a se dedicar à pesquisa pura, que pouco ou quase nada tem a ver com a etapa de desenvolvimento tecno-econômico que o país atravessa.
Setor público: aqui, o processo de inovação tecnológica deveria seguir caminhos mais racionais, pois, este setor, pelo menos em tese, dispõe de uma tecno-burocracia que deveria estar mais aparelhada a uma escolha racional. Ao mesmo tempo, possibilitariam um melhor conhecimento das reais necessidades tecnológicas do país. Entretanto, ainda assim, surgem problemas: primeiro, normalmente a tecno-burocracia estatal dispõe de uns poucos expoentes em condições reais de realizar estudos e planejamento a longo prazo, e o interesse e conhecimento destes orientam-se muito mais para assuntos de natureza econômica que tecnológica, dissociando esses dois aspectos; segundo, comumente, a compra de tecnologia no setor público é realizada em grande escala. Faz parte de vultosos empreendimentos, parcial ou totalmente financiados do exterior. Nestes casos, quase sempre existe cláusula a exigir que os equipamentos, portanto, o know-how e a tecnologia, sejam adquiridos no(s) país(es) financiador(es). Aqui, a priori, a liberdade de escolha da tecnologia mais indicada já está, de início, severamente comprometida. Portanto, mesmo no setor público os resultados não são os mais adequados.
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