"Até cerca de meados do século XX, era muito difundida a ideia de que a Grécia teria sido o ‘berço da Filosofia’, responsável por fazer o pensamento racional e filosófico se opor à crença religiosa na tentativa de entender e interpretar o mundo. De forma esquemática, os defensores da tese acreditavam que a Filosofia teria surgido de forma inesperada e espontânea na Grécia, sem que nenhum evento histórico ou contato com outras civilizações a preparasse. Nessa direção, os gregos teriam constituído uma civilização excepcional, sendo os únicos capazes de gerar um pensamento racional, em virtude da singularidade do fato e da importância que ele desencadeou em toda a civilização ocidental."
(BIAZOTTO, Thiago do Amaral; CAMPOS, Marcelo Leandro de. História Antiga. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. p. 107.)
O texto acima se refere a chamada tese:
Alternativas:
a)
do ‘Helenismo grego’.
b)
do ‘Milagre grego’.
c)
do ‘Empirismo grego’.
d)
da ‘Tirania grega’.
e)
da ‘Democracia ateniense’.
Respostas
Resposta:
MILAGRE GREGO
Explicação:
De forma esquemática, os defensores da tese do “milagre grego”
acreditavam que a Filosofia teria surgido de forma inesperada e
espontânea na Grécia, sem que nenhum evento histórico ou contato
com outras civilizações a preparasse. Nessa direção, os gregos teriam
constituído uma civilização excepcional, sendo os únicos capazes
de gerar um pensamento racional, autêntico “milagre” em virtude da
singularidade do fato e da importância que ele desencadeou em toda
a civilização ocidental. Alguns de seus defensores foram: o filólogo
clássico escocês John Burnet (1863-1928), em textos como Early
Greek Philosophy (1892) e Greek Philosophy: Thales to Plato (1920),
e o filósofo francês Henri Berr (1863-1954). Todavia, talvez o maior
entusiasta da ideia de “milagre grego” tenha sido o filólogo, historiador
e filósofo francês Ernest Renan (1823-1892), responsável por criar o
termo “milagre grego” (VERNANT, 1990).