Respostas
Resposta:
Desde o século III as invasões bárbaras ajudaram a fragilizar o Império Romano, este é inclusive um dos motivos que levaram o império à ruína e à fragmentação. Parte da chave para entender melhor o feudalismo europeu está aí, nestas invasões e na crescente descentralização do Poder na cidade de Roma.
O que antes era uma capital que agregava todas as decisões políticas passou aos poucos a dividir influência com outras áreas, pois os nobres, em um certo momento, começaram a deixar a capital e migraram para suas terras ao longo da Europa.
Explicação:
Quando Carlos Magno faleceu, em 814, seu filho Luis, o Pio, manteve a unidade do império. Mas após a morte de Luís, em 840, seus três filhos (Lotário, Luís o Germânico e Carlos o Calvo), reivindicaram o reino, que foi dividido entre eles pelo Tratado de Verdun, firmado em 843.
E é aí que a fragmentação do poder nesta parte da Europa começa de forma bem mais acentuada.
Nenhum dos três netos de Carlos Magno conseguiu manter uma unidade efetiva de seus reinos, e cada vez mais as terras eram distribuídas a nobres que tinham condições de manter uma organização mínima dentro de seus limites.
Com o tempo diversas famílias de nobres passaram a ter uma influência maior sobre os servos do que os próprios reis. Com isso, o Império Carolíngeo, como construído na época de Carlos Magno, desfragmentou-se em pequenos reinos. Em muitas áreas a última palavra nas questões do reino era da Igreja que, como já citado, era a maior dona de terras.
Junte-se a isto o fato de que aquela unidade monetária mantida por Carlos Magno também foi deixada de lado, e temos um cenário onde cada feudo podia ser considerado um pequeno reino dentro de outro reino, e no século X nós tivemos o ápice do sistema feudal, que só começou a esboçar uma pequena mudança com as cruzadas a partir do século XI. Mas, de uma forma geral, as relações feudais só serão definitivamente banidas desta área da Europa nos séculos XVII e XVIII, com as revoluções industriais.