Respostas
Apolodoro surge na obra "O Banquete", de Platão, quando através de um um diálogo com Glauco à respeito do banquete ocorrido, Apolodoro mostra-se indignado com as informações anacrônicas que seu interlocutor trazia a respeito do tal banquete. Glauco imaginava que o próprio Apolodoro havia comparecido à reunião, porém Apolodoro não compareceu ao banquete, ouvindo o relato de um amigo Aristodemo.
Apolodoro acaba descobrindo que a confusão de seu amigo Glauco deve se à fonte infiel através da qual conseguiu informações: um tal de Fênix. Dirigindo então ao seu interlocutor, Apolodoro responde: “considero-me em condições de responder ao que me perguntaste"
Apolodoro: "Para ser franco, sempre me causa satisfação tratar de temas filosóficos ou ouvir alguém discorrer a esse respeito, independentemente do proveito que nos advém de semelhante prática. Outros discursos, pelo contrário, principalmente dos vossos comerciantes e gente de dinheiro, são por demais fastidiosos e me levam a apiedar-me de vós outros, seus amigos, por pensardes que fazeis alguma coisa, quando, em verdade, nada fazeis. Mas, sem dúvida vós também me considerais infeliz e imaginais que nesse ponto estais certos. A diferença é que, do meu lado, eu não imagino apenas: tenho certeza."
Em resposta, diz-lhe Glauco: És sempre o mesmo, Apolodoro. Vives a desfazer em ti e nos outros, só parecendo que, a não ser Sócrates, consideras todo o mundo digno de piedade, a começar por ti. De onde te poderia ter vindo a alcunha de meigo, não saberei dizê-lo. O certo é que em todas as tuas falas não mudas nada, nos ataques aos outros e a ti próprio. Só poupas Sócrates."
Apolodoro sente-se melhor preparado para aquilo que lhe está sendo pedido, em relatar a respeito do tal banquete, transmitindo uma confiança própria em sua capacidade. Entretanto, seu relato é de segunda mão e essa confiança é um pouco exagerada.
Bons estudos!