Já existem evidências seguras da associação entre a insegurança alimentar moderada e o sobrepeso ou obesidade. Possíveis teorias propostas para explicar essa associação incluem: (1) aumento no consumo de alimentos de baixo custo com alta densidade calórica; (2) transtornos alimentares decorrentes da ansiedade e incerteza associadas à restrição alimentar involuntária; (3) adaptações metabólicas a períodos de jejum constantes, até mesmo no período intrauterino, em situação de desnutrição da gestantes. Em vez de conceituar o problema de sobrepeso como sendo um problema oposto à fome, deve-se considerar a possibilidade de que seja, em populações de baixos rendimentos, uma consequência dela.
Ainda à guisa de exemplo do poder de um marco conceitual, se a Saúde Alimentar Nutricional for considerada e caracterizada principalmente a partir de indicadores de produção agrícola e disponibilidade de alimentos, pode nos levar a supor que o aumento da produção, a melhora da distribuição ou mesmo o desenvolvimento de novas tecnologias agrícolas, como cultivos mais nutritivos, resolverá o problema da insegurança alimentar e da fome. Entretanto, sabemos há décadas que a escassez de alimentos, em si, não é o problema presente na grande maioria das situações de carência alimentar. Assumindo esses indicadores de produção e disponibilidade, de forma isolada, poder-se-ia, portanto, deixar oculta a questão das relações de poder que estão por trás da falta de acesso dos mais pobres à abundância que já existe. Como apontado no documento produzido para a II Conferência Nacional de Saúde Alimentar Nutricional, questões de equidade, inclusão social e sustentabilidade também fazem parte de uma política de produção agrícola voltada para a Saúde Alimentar Nutricional das populações.
Considerando as informações apresentadas, podemos concluir que:
Alternativa 1:
a II Conferência Nacional de Saúde Alimentar Nutricional constatou que o problema da insegurança alimentar deve ser tratado apenas no âmbito econômico e não da saúde, pois é preciso prevenir a fome.
Alternativa 2:
não há informações consistentes que possam relacionar o problema da obesidade diretamente à questão da insegurança alimentar moderada, sendo preciso que esse debate seja mais aprofundado.
Alternativa 3:
o sobrepeso observado entre pessoas das classes mais pobres é um indicativo de que a desnutrição e subnutrição são problemas em vias de serem solucionados na atualidade.
Alternativa 4:
pessoas com obesidade não é um sintoma de que a sociedade está bem nutrida, já que, em muitos casos, este problema ocorre por causa da má qualidade dos alimentos disponíveis para o consumo.
Alternativa 5:
as pesquisas indicam que a obesidade é um problema advindo das peculiaridades do sistema metabólico de cada indivíduo, assim, mesmo sem comer, alguns indivíduos podem apresentar sobrepeso.
Respostas
respondido por:
169
Resposta:
Alternativa 4.
Explicação:
As demais alternativas não correspondem com o texto.
1 - "e não da saúde"
2 - "não há informações consistentes"
3 - "em vias de serem solucionados "
5 - "mesmo sem comer, alguns indivíduos podem apresentar sobrepeso"
barbara100113:
algum grupo de pedagogia?
respondido por:
124
Alternativa 4.
O texto acima procura elencar o padrão de qualidade dos alimentos com a condição de obesidade dos consumidores, a qual só cresce muito em função deste elemento acima citado.
Por conta disso, é preciso que haja uma maior regulamentação e fiscalização dos alimentos disponíveis à população, além de investimentos nas áreas de Marketing na importância de adotar um estilo de vida mais saudável.
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