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O chanceler da Alemanha, Gerhard Schroeder, disse hoje acreditar que a guerra contra o Iraque pode ser evitada se o governo do país árabe for desarmado. O dirigente alemão aproveitou a oportunidade para reiterar que seu país não participaria de nenhuma ação militar contra o Iraque.
Os EUA acusam o governo do presidente Saddam Hussein de desenvolver armas de destruição em massa e, com o apoio da Grã-Bretanha, tentam convencer o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a aprovar uma resolução prevendo uma ação militar caso o Iraque não se desarme. O governo iraquiano nega possuir armamentos químicos, biológicos ou nucleares. A Rússia e a França lideram o bloco de oposição à proposta de resolução apresentada pelos norte-americanos. "Devido à discussão internacional, sobretudo no Conselho de Segurança, há uma chance de que o confronto militar no golfo (Pérsico) ainda possa ser evitado", declarou Schroeder em seu primeiro grande discurso ao Parlamento depois de ser reeleito no mês passado.
Durante a campanha eleitoral, a aberta oposição do chanceler a uma ação militar contra o Iraque agradou aos eleitores e foi considerada um dos fatores determinantes da apertada vitória dele. Mas autoridades norte-americanas afirmam que a retórica alemã prejudicou a relação entre os dois países.
Schroeder criticou com frequência as ameaças norte-americanas de derrubar Saddam do poder. Conforme o chanceler, o objetivo principal da comunidade internacional deveria ser desarmar o Iraque, e isso devido à instabilidade no Oriente Médio e aos temores de que a invasão do país árabe mine a coalizão antiterrorismo formada depois dos ataques de 11 de setembro contra os EUA.