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No Brasil, segundos dados do IBGE, aproximadamente 734.131 mil pessoas se consideram indígenas.
Por Eduardo de Freitas
São reconhecidos 215 grupos indígenas distintos e com uma variedade de mais de 180 línguas.¹ São reconhecidos 215 grupos indígenas distintos e com uma variedade de mais de 180 línguas.¹
Os termos ‘índios e indígenas’ são denominações generalizadas, pois englobam os grupos que em outros momentos foram chamados especificamente de Karajá, Suyá, Kamayurá e Xavante. Os termos dados são heranças do período de colonização, quando muitos desses povos foram dizimados.
Apesar de ter uma língua diferente, assim como os costumes, eles têm que adquirir os conhecimentos e culturas externos, isso se torna necessário para que essa minoria nacional possa, diante da cultura dominante, estabelecer os seus direitos e suas reivindicações ao país ao qual estão subordinados.
Através de pesquisas do órgão oficial do governo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foram registrados aproximadamente 734.131 mil pessoas que se consideravam índios, embora o censo realizado pela Funai estima que esse número seja bem inferior, por considerar como índio apenas aqueles que vivem em reservas, com isso, a quantidade cai para aproximadamente 358 mil. Hoje, os principais centros de concentração de índios se localizam nas regiões do Amazonas, Nordeste, Centro-sul e no estado do Mato Grosso do Sul.
Quanto à diversidade, os grupos são extremamente diferentes, há variação do idioma, valores, mitos, regras, tipos de moradias, entre outros aspectos. De acordo com essa variação, são reconhecidos 215 grupos indígenas distintos e com uma variedade de mais de 180 línguas.
Os grupos indígenas podem se diferenciar segundo o nível de contato com a civilização branca. Eles podem ser considerados como isolados (contatos raros e acidentais), integrados (falam em português ou trabalham nas cidades) e contato intermitente (contato permanente com os brancos).
Se comparar a quantidade de índios desde o período do descobrimento fica evidente que essa minoria foi praticamente dizimada, a ocupação foi instituída através das sociedades indígenas que aqui habitavam, bem antes dos homens chamados ‘civilizados’ chegarem.
Diante disso, as principais causas do restrito número de índios no Brasil são basicamente a expropriação de suas terras para ceder à ocupação rural e urbana, grande quantidade de índios mortos em lutas contra brancos e, principalmente, por doenças que até então eram desconhecidas, já que esses não possuíam anticorpos contra doenças como gripe e sarampo, que foram contraídas através do contato com os brancos. Houve períodos que essas e outras promoveram epidemias avassaladoras.