Respostas
Resposta:
Foram cruciais para o interesse na literatura.
Resposta:
Veiculavam as ideias do movimento de negritude e defendiam a independência.
Explicação:
em meados da década de 1950, surgia, na Guiné Portuguesa, o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde), cujo líder era Amílcar Cabral, e em Angola o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), sob a liderança do poeta Agostinho Neto. Na década seguinte, em 1962, um ano após o início da guerra pela independência em Angola, surgia em Moçambique a Frelimo (Frente Nacional de Libertação de Moçambique), sob o comando de Eduardo Mondlane.
Todos esses movimentos africanos pela independência têm entre seus líderes escritores, poetas, jornalistas e outros intelectuais, muitos dos quais antigos estudantes da Casa do Estudante do Império (CEI), em Lisboa (havia uma em Coimbra também). Essas casas funcionavam como um ponto de reunião de jovens estudantes oriundos de vários territórios do ultramar, especialmente dos países africanos, e especificamente a CEI de Lisboa acabou se tornando um local estratégico e decisivo para a tomada de consciência e organização dos jovens estudantes africanos, em sua maioria angolanos, que se aliaram aos estudantes e intelectuais portugueses contrários ao regime fascista. Centro de articulação política e resistência, a CEI de Lisboa também funcionou como um espaço para o surgimento de uma literatura de valorização das raízes africanas.
Gisele Echterhoff [et al.] Direitos humanos e relações étnico-raciais /
- 1. ed. - Curitiba [PR] : IESDE Brasil, 2018.