O que Revolução Francesa e a Era Napoleônica causou na vida do povo francês?
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Explicação:
A Revolução Francesa foi resultado da crise econômica, política e social que a França viveu no final do século XVIII. Essa crise na França foi consequência direta de uma sociedade marcada pela desigualdade típica do Antigo Regime, nome pelo qual ficou conhecido o absolutismo na França. A França do final do século XVIII era governada por Luís XVI.
A sociedade francesa era dividida em três classes sociais:
Primeiro Estado: clero
Segundo Estado: nobreza
Terceiro Estado: restante da população que não se incluía nos outros dois Estados
Dentro dessa organização social, existia uma divisão muito clara, pois clero e nobreza eram classes que compunham a aristocracia e que gozavam de uma série de privilégios, como isenção de certos impostos e direito de cobrar taxas por suas terras. O Terceiro Estado, por sua vez, mantinha todo o peso de arcar com as despesas do governo francês. Além disso, essa classe era extremamente variada, pois incluía grupos bastante diferentes, como burgueses e camponeses.
A grande desigualdade social da França foi a raiz que causou a convulsão que iniciou a Revolução Francesa. É importante também não ignorar a insatisfação da burguesia, que queria combater os privilégios da aristocracia como forma de prosperar seus negócios no país. Isso convergiu para a revolução em 1789.
Na segunda metade do século XVIII, a França sofria as consequências de seu atraso econômico (em comparação com a Inglaterra) no desenvolvimento do capitalismo e dos altos gastos do país. Tentativas de reforma econômica aconteceram naquele século, mas fracassaram, pois esbarraram na resistência do clero e da nobreza, que não queriam abrir mão de seus privilégios.
Os gastos desnecessários também eram um dos grandes males do país, sobretudo aqueles relacionados com guerras desnecessárias, como a Revolução Americana. Esses fatores endividaram bastante o governo e destruíram a economia francesa.
A crise econômica que se instalou na França impactou diretamente as relações sociais no país, pois a nobreza, tentando reduzir os impactos da crise em seu estilo de vida, aumentou a exploração sobre o povo. Dessa forma, os camponeses e a classe média francesa, principalmente, foram prejudicados. Isso aconteceu porque a nobreza passou a ocupar cargos de governo que, usualmente, eram ocupados pela classe média e porque os impostos cobrados dos camponeses aumentaram.
Essa situação gerou um grande impacto, principalmente, sobre a renda dos camponeses, grupo que já vivia uma situação delicada. O aumento dos impostos fez com que os camponeses abrissem mão de uma parcela cada vez maior da sua produção, utilizada basicamente para sua subsistência. Isso fez com que o estilo de vida dos camponeses piorasse bastante nos vinte anos anteriores à Revolução Francesa.
Os gastos elevados do governo francês também eram um problema grave. No final do século XVIII, a França gastava metade de seu orçamento anual para o pagamento de dívidas do Estado. Um dos resultados mais pesados da crise econômica sobre o povo foi a alta da inflação e, consequentemente, o aumento do custo de vida. Como a situação em 1789 era delicada, o rei francês optou por convocar os Estados Gerais.
A Revolução Francesa foi um marco para a humanidade e causou uma série de mudanças, a curto prazo e a longo prazo, na França e no mundo. Entre as várias consequências, podem-se destacar algumas:
• Universalização dos direitos sociais e das liberdades individuais
• Fim dos privilégios e dos resquícios do feudalismo na França
• Início da queda do absolutismo na Europa
• Separação entre os poderes legislativo, executivo e judiciário.