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Enquanto são construídos muros – visíveis e invisíveis – nas metrópoles, a cultura parece criar túneis, atalhos para conectar territórios. Nesse sentido, a juventude, que muitas vezes é em si um espelho da sociedade como um todo, reinventa conceitos, cria moda e novas formas de explorar a cidade. Contudo, apesar da queda de algumas barreiras – quando o rap de Mano Brawn e Emicida invade os bairros nobres e grifes pop chegam à favela -, as desigualdades materiais e simbólicas ainda são uma marca social de nosso país. Embora os jovens das regiões mais pobres da cidade vivam em seu cotidiano uma série de dificuldades, Regina explicou que, por meio da cultura, a periferia tem se reafirmado como espaço produtor de expressões culturais que acabam migrando do underground para o mainstream– como vários fenômenos artísticos do rap, do funk ou do grafite que acabam juntando numa mesma tribo ‘manos’ e ‘playboys’. “Observamos um processo de troca de estigma por emblema.