• Matéria: Português
  • Autor: thammytatu
  • Perguntado 7 anos atrás

Quase

“Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que quase perdem por medo, nas ideias que nunca saíram do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos ‘Bom dia’, quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência; porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio e economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

‘Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite ao menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.’ ”

Sarah Westphal



Os pronomes pessoais, que podem ser objetos diretos ou objetos indiretos, têm sua função definida pela transitividade do verbo.

No fragmento: “... resta-nos somente paciência”, a função do pronome nos é:

Respostas

respondido por: maykoo
4

Resposta: pronome pessoa oblíquo átono.

Explicação: Pois  " nos restava " não contêm preposição.

respondido por: jalves26
0

O pronome pessoal "nos" exerce a função sintática de objeto indireto, pois é complemento do verbo transitivo indireto "restar".

Transitividade verbal

O termo "nos" é o complemento indireto do verbo "restar", já que expressa a quem restou algo. Poderíamos trocar o pronome "nos" pela expressão "a nós". A presença da preposição "a" confirma que se trata de um objeto indireto.

O verbo "restar", nessa frase, tem ainda outro complemento: o termo "paciência". Esse, sim, é o objeto direto, pois não se inicia por preposição.

Assim, "restar" é um verbo bitransitivo ou transitivo direto e indireto.

Mais sobre transitividade verbal em:

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