Respostas
Resposta:
Porque o fim da escravidão não é sinônimo de nenhuma mudança social de fato para os agora ex-escravos.
O preconceito ainda permanece sendo uma realidade cotidiana, tornando árdua a tarefa de encontrar condições trabalhistas justas. Eles não recebem nenhuma espécie de auxílio ou compensação por seus serviços, na verdade muitos acabam ainda presos aos seus antigos senhores pelo fato de não terem outro lugar para ficar.
Se como escravos eles moravam no engenho de cana-de-açúcar e recebiam alimentação precária de seus senhores, não tinham nada que lhes era próprio. Desta forma, para sobreviverem, aceitam a proposta deles de ainda trabalharem por jornadas de trabalho absurdas para ainda viverem e se alimentarem de forma pobre e injusta.
Era praticamente impossível ascenderem socialmente, já que não tinham recursos ou base social para isso. Muitos iam para as cidades e viraram mão-de-obra do início do processo de industrialização, ainda recebendo muito pouco.
A sociedade em geral não os acolheu, pelo contrário, se manteve forte em uma estrutura preconceituosa. O processo de abolição da escravatura foi feito às pressas sob pressão e acabou não considerando seus impactos.
Explicação:
Explicação:
A primeira grande reação dos ex-escravos foi a celebração. Nas grandes cidades e nas zonas rurais, os ex-escravos realizaram ou se juntaram às festividades, que se estenderam por dias. Uma outra reação foi a de mudar-se de lugar e, Walter Fraga, utilizando o exemplo do Recôncavo Baiano, afirma que um grande número de ex-escravos assim o fez|7|.
Com isso, muitos ex-escravos abandonaram as fazendas e engenhos em que foram escravizados e mudaram-se para outras fazendas ou foram para outras cidades. As migrações dos ex-escravos, segundo Walter Fraga, era parte de um esforço para “distanciar-se do passado de escravidão”|8|. Além disso, muitos se mudavam para retornar ao seu local de nascimento, para rever parentes, para procurar parentes dos quais foram separados, para conseguir um trabalho com melhor remuneração etc.