Respostas
Explicação:
Essa é uma discussão que ocupou boa parte do debate sobre a história da dança nos Estados Unidos no final da década de 80. A discussão começou quando a crítica Susan Manning lançou um artigo na Revista “Theater Drama Review” em 1989 questionando a periodização feita pela historiadora Sally Banes e reproduzida até hoje.
No importante livro Terpsichore in Sneakers de Sally Banes a autora defende que a dança pós-moderna americana, começou nos anos 60 com o movimento da Judson Dance, do qual faziam parte Trisha Brown, Yvonne Rainer, Robert Morris, Robert Rauschemberg, Steve Paxton, entre outros. No entanto, segundo Banes, falar em dança pós-moderna, significa apontar uma ruptura com o que era conhecido como dança moderna americana cujo principal nome era Martha Graham.
Paradoxalmente, segundo essa autora, a dança pós-moderna norte americana empenhava a bandeira da arte moderna nas outras esferas artísticas como a literatura e as artes visuais. Ou seja a dança pós-moderna estaria insuflada por valores modernistas, os quais Banes reconhece como:
– a externas revelação das qualidades formais essenciais da dança
-a separação dos elementos formais
-a abstração das formas
– a eliminação de referências
Manning acusa Banes de estabelecer um cânone rígido e ignorar que a dança moderna desde Isadora Duncan já tinha sim inspirações modernistas, como por exemplo buscar o que seria a essência da dança, o que garantiria a sua autonomia.