• Matéria: Filosofia
  • Autor: moranguinho106
  • Perguntado 7 anos atrás

exemplos de premissas verdadeiras​

Respostas

respondido por: fsantosps
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Argumento é um conjunto formado por duas ou mais proposições de modo que uma delas é a conclusão e as demais, as premissas. Premissa é uma proposição cuja verdade serve de base para a verdade de outra, a conclusão. Conclusão é uma proposição cuja verdade se baseia na verdade de outra, a premissa. Inferência é a operação pela qual se passa da verdade da premissa para a verdade da conclusão.

Por exemplo:

Premissa: Ninguém atende ao telefone.

Conclusão: Logo, ninguém está em casa.

Premissa: X é um quadrado.

Conclusão: Logo, a soma dos ângulos internos de X é igual a 360º.

Nesses dois exemplos, notamos a seguinte diferença. Enquanto, no primeiro, a verdade da premissa torna provável a verdade da conclusão, no segundo a verdade da premissa torna necessária a verdade da conclusão. Quer dizer que, no primeiro exemplo, mesmo que a premissa seja verdadeira (quer dizer, mesmo que ninguém esteja mesmo atendendo ao telefone), é possível que a conclusão seja falsa (quer dizer, é possível, por exemplo, que haja alguém e não esteja ouvindo o telefone, ou esteja ouvindo e não possa atender, ou possa, mas não queira etc.). Chamamos esse tipo de argumento de indutivo. Porém, no segundo exemplo, se a premissa for verdadeira (quer dizer, se X for mesmo um quadrado), então é simplesmente impossível que a conclusão seja falsa (quer dizer, é simplesmente impossível que a soma dos ângulos internos de X não seja igual a 360º). Chamamos esse tipo de argumento de dedutivo.

Um argumento é válido se sua conclusão pode ser inferida, quer com probabilidade (indutivo), quer com necessidade (dedutivo), de sua premissa. Isso não quer dizer que suas premissas sejam verdadeiras. O argumento:

Todos os homens são pássaros

Sócrates é homem

Logo, Sócrates é pássaro

É tão válido quanto o clássico:

Todos os homens são mortais

Sócrates é homem

Logo, Sócrates é mortal

Porque, em ambos os argumentos, se as premissas forem verdadeiras, estaremos autorizados a dizer que a conclusão é também verdadeira. A diferença é que o primeiro recorre a pelo menos uma premissa falsa ("Todos os homens são pássaros"), que, mesmo combinada com uma premissa verdadeira ("Sócrates é homem"), leva a uma conclusão falsa ("Logo, Sócrates é pássaro"), enquanto o segundo argumento lida apenas com premissas verdadeiras. Ao argumento que, além de válido, contém apenas premissas verdadeiras se chama argumento sólido.

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