Respostas
Resposta:
A crença na vida após a morte também explicava a preocupação dos egípcios com a conservação dos corpos, uma vez que a continuidade da vida estava condicionada a sua preservação na terra. Desse ponto de vista, era necessário que os corpos fossem cuidados, por isso os egípcios mumificavam seus mortos.
A mumificação era realizada em um longo processo que se estendia por aproximadamente 70 dias. O processo mais conhecido era restrito apenas à nobreza egípcia, a única que tinha condições financeiras de pagar por ele. Durante a mumificação, primeiramente, os órgãos eram retirados, e o corpo era limpo e banhado com óleos e resinas especiais para, em seguida, ser enfaixado.
A cultura médica do Antigo Egito tinha excelente reputação, e líderes de outros impérios frequentemente requisitavam ao faraó o envio do seu melhor médico para o tratamento de entes chegados.[2] Os egípcios possuíam algum conhecimento de anatomia humana. Por exemplo, no processo clássico de mumificação, os mumificadores sabiam como inserir um utensílio com um anzol na ponta através de uma narina, partindo o osso fino do crânio de modo a remover o cérebro. Também tinham uma panorâmica detalhada da localização dos órgãos internos, que removiam através de uma pequena incisão na virilha esquerda. Desconhece-se se o conhecimento na área da mumificação era transmitido aos profissionais de medicina, e não parece ter tido qualquer impacto nas teorias médicas.