Venha o leitor comigo assistir à abertura do testamento do meu amigo Fulano Beltrão. Conheceu-o? Era um homem de cerca de sessenta anos. Morreu ontem, dois de janeiro de 1884, às onze horas e trinta minutos da noite. Não imagina a força de ânimo que mostrou em toda a moléstia. Caiu na véspera de finados, e a princípio supúnhamos que não fosse nada; mas a doença persistiu, e ao fim de dois meses e poucos dias a morte o levou.
(Parágrafo inicial do conto "Fulano" , de Machado de Assis)
O autor, no discurso do personagem narrador, se utiliza, logo no início do trecho, do verbo "assistir" , de uso e regência variada em nossa língua. A respeito do emprego que tal verbo tem no texto, ele é usado com a preposição "a" porque
A) tem significado de "dar assistência" e, como tal, é transitivo indireto.
B) o autor valeu-se da construção de um objeto direto preposicionado.
C) esse é o emprego correto do verbo, q
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O verbo "assistir" tem sentido de ver ou presencia e, como tal, é transitivo indireto.
No trecho do texto, o narrador convida o leitor para assistir à abertura do testamento de um amigo. Logo, nesse contexto, o verbo "assistir" só pode ter o sentido de ver ou presenciar (o leitor deve ver o evento).
Nesse caso, o verbo "assistir" é transitivo indireto, regendo a preposição "a" (quem assiste assiste a algo ou a alguém).
No trecho, ocorre a crase porque a palavra seguinte a preposição "a" é uma palavra feminina. Assim, há junção da preposição mais o artigo feminino:
assistir a + a abertura = assistir à abertura
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letra C, pode confiar no pai
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