De que maneira a contaminação do lençol freático pode atingir a população?
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(matéria de ciências)
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Londrina - Segundo o doutor em hidrogeologia, André Celligoi, a fossa pode causar danos ambientais na medida em que contamina o lençol freático. Ele explica que tudo depende da profundidade do solo e do nível da água. ''Se a fosse tiver menos de dois metros de profundidade os riscos são maiores, pois os dejetos vão alcançar a água subterrânea e com o fluxo serão depositados em um rio ou poço tubular'', esclareceu Celligoi, que é professor do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
De acordo com ele, a matéria orgânica em decomposição acumulada na fossa gera susbtâncias tóxicas. ''A água do rio fica contaminada e pode causar doenças de veiculação hídrica na população'', destacou. O professor salienta que a chance de contaminação é baixa quando a profundidade e o nível da água são adequados e enfatiza a importância da fossa ser projetada por um profissional especializado.
Celligoi avalia como satisfatório o alcance (86%) de rede de esgoto em Londrina. Questionado sobre as principais diferenças entre a fossa e a rede de esgoto, ele esclareceu que a fossa recolhe o efluente doméstico de maneira individual, deixando os dejetos parados no local. Já no esgoto o material é coletado e transportado para um estação de tratamento.
As fossas exigem manutenção e limpeza frequente. A periodicidade do serviço depende de alguns fatores, como a profundidade e o tempo de uso. De modo geral, deve acontecer anualmente ou no máximo a cada dois anos. O valor cobrado pelas empresas varia entre R$ 160 e R$ 260. (P.C.B.).