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Na área da Geografia, urbanização é um processo de transformação das características rurais de uma localidade ou região para características urbanas.
Normalmente, a urbanização está relacionada ao desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Nesse processo, o espaço rural transforma-se em espaço urbano e ocorre a migração populacional do tipo campo-cidade.
A urbanização é estudada por ciências diversas, como a sociologia, a geografia e a antropologia, cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das cidades. As disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os processos de urbanização são o urbanismo, o planejamento urbano, o planejamento da paisagem, o desenho urbano, a geografia, entre outras.
A cidade de São Paulo - exemplo para urbanização
O processo de urbanização
Apesar de o processo de urbanização ter se iniciado com a Revolução Industrial, foi até meados do século XX um fenômeno relativamente lento e circunscrito.
Após a Segunda Guerra Mundial, esse fenômeno foi concluído nos países desenvolvidos e iniciado de maneira avassaladora em muitos países subdesenvolvidos, na maioria dos países latino-americanos e em muitos países asiáticos. O continente africano ainda é muito pouco urbanizado.
Todos os países desenvolvidos, bem como alguns países de industrialização recente, apresentam taxas altas de urbanização. Com exceção da China e Índia, com as maiores populações do planeta, todos os países industrializados são urbanizados. Há países que apresentam índices muito baixos de industrialização e outros que praticamente não dispõem de um parque industrial, e mesmo assim são fortemente industrializados.
Sendo assim, conclui-se que há dois conjuntos básicos de fatores que condicionam a urbanização: os atrativos, que atraem populações para as cidades; e os repulsivos que as repelem do campo.
Urbanização de países desenvolvidos
Os fatores atrativos da urbanização em países desenvolvidos estão ligados essencialmente ao processo de industrialização, às transformações provocadas na cidade pela indústria.
Nesses países, além das transformações urbanas, ocorreu como consequência da Revolução Industrial também uma revolução agrícola, ou seja, uma atualização da agropecuária que, ao longo da história, foi permitindo a mudança de pessoas do campo para a cidade, especialmente em decorrência da mecanização da agricultura.
A urbanização que ocorreu nos países desenvolvidos foi gradativa. As cidades foram se estruturando sem pressa para absorver os migrantes, tendo melhorias na infraestrutura urbana - moradia, água, esgoto, luz, etc - e aumento de geração de empregos.
Deste modo, os problemas urbanos não se multiplicaram tanto como nos países subdesenvolvidos. Além disso, pelo fato de gradualmente haver um aumento nos fluxos de mercadorias e pessoas, o processo de industrialização foi também se descentralizando geograficamente. Como resultado, há nos países desenvolvidos uma densa e articulada rede de cidades.
Urbanização em países subdesenvolvidos
Os fatores repulsivos são típicos de países subdesenvolvidos, sem indústrias ou com um baixo nível de industrialização. Estes fatores estão ligados diretamente às péssimas condições de vida existentes na zona rural, em função da estrutura fundiária bastante concentrada, dos baixos salários, da falta de apoio aos pequenos agricultores, das técnicas de cultivo, entre outros.
Desta forma, existe uma grande transferência de população para as cidades, especialmente para as grandes metrópoles, criando uma série de problemas urbanos. Estes problemas são resultado de um fenômeno urbano característico de muitos países subdesenvolvidos: a macrocefalia urbana.
Crescimento desordenado - exemplo de macrocefalia urbana
A macrocefalia urbana deve ser entendida como resultado da grande concentração das atividades econômicas, principalmente de serviços, portanto a população em algumas cidades acaba se tornando muito grande relativamente. Ainda que esse fenômeno ocorra também em países desenvolvidos, ele assume proporções maiores nos subdesenvolvidos.
Nos países desenvolvidos, como o crescimento das cidades foi lento e bem planejado, o fenômeno não tomou proporções tão grandes como em muitos países subdesenvolvidos, onde o crescimento das cidades foi, além de muito concentrado espacialmente, rápido e caótico. A consequência foi uma série de problemas prontamente percebidos na paisagem urbana desses países.