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Resposta: A instabilidade institucional de Tocantins, provocada pela Justiça Eleitoral, fará com que o estado tenha em menos de quatro meses quatro governos. Isso porque Marcelo Miranda, que comandou o governo até o dia 22 de março do ano passado, foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dando lugar ao presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, que governou por sete dias e teve que sair do governo após liminar concedida a Marcelo Miranda e sua vice, Claudia Lelis, para retornar ao governo até o julgamento doa embargos declaratórios no TSE
neste período, a população será submetida a uma eleição, que segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), custará cerca de RS 15 milhões aos cofres políticos. Após a eleição suplementar, um novo governante assumirá o Executivo estadual para um mandato de seis meses, já que em Outubro haverá eleição para eleger o candidato que comandará o Estado no quadriênio 2019/2022.
Toda essa situação tem contribuído para o agravamento da crise no Tocantins, dificultando com que o Estado consiga angariar novos recursos, investimentos e venha desenvolver projetos que possam beneficiar a vida e o dia a dia o cidadão comum.
Dentre os prejuízos está, por exemplo, a ruptura da boa relação que o governador Marcelo Miranda vinha mantendo com o governo federal, já que o presidente da República, Michel Temer, pertence ao seu partido MDB.
A situação tem inviabilizado também os investimentos já previstos no orçamento do Estado e a liberação de novos recursos, como os empréstimos com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, prejudicando de forma cruel a economia tocantinense e deixando o governo engessado.
Não bastasse isso, ações do Ministério Público Estadual (MPE) na Justiça suspenderam o concurso da Polícia Militar (PM) e da Procuradora Geral do Estado (PGE) que estavam em andamento, prejudicando milhares de candidatos.
Os efeitos devastadores dessa crise ainda não podem ser contabilizados, mas com certeza trarão prejuízos inimagináveis ao Estado, que já estava passando por uma situação um momento em que o país começa a dar sinais de melhora e estabilidade, o Tocantins ainda se vê envolto em uma turbulência que parece não ter um fim próximo.
Tudo isso, cabe lembrar, causado por uma Justiça Eleitoral lenta e falha, que demorou quase quatro anos para levar o julgamento da cassação da chapa de Marcelo Miranda e Claudia Lélis ao plenário para apreciação. E por um processo que iniciou pelo Ministério Público Eleitoral e apoiado por um candidato que não aceitou sua derrota e é acusado por vários crimes na Justiça.
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