Question

As experiências de crescimento nacionalistas no período entre guerras e os atrasos de desenvolvimento nos países latinos, que ainda não eram considerados tipicamente integrantes de uma sociedade moderna, induziram a busca de explicações alternativas de crescimento daquelas até então proferidas. O que apresentaremos são teorias que não encontraram na política econômica do laissez-faire (deixar fazer), do livre mercado, explicações satisfatórias para a persistente estagnação de crescimento dos países latinos.

Tendo como base a contextualização acima, e os conteúdos da disciplina, examine as assertivas abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta sobre a formulação teórica cepalina.


I – A formulação teórica cepalina propunha que o caminho para o crescimento passaria por dois pilares: o nacionalismo e a indução da industrialização.

II – Na formulação teórica cepalina o Estado não deve proteger a indústria nacional.

III – A geração de um mercado interno é um passo necessário no crescimento, via substituição de importações, segundo a formulação teórica cepalina.

IV – A formulação teórica cepalina defendia a política econômica dos países socialistas como forma de superar o atraso do subdesenvolvimento.

A - Apenas as assertivas I e III estão corretas
B - Todas as assertivas estão corretas
C - Apenas as assertivas I e II estão corretas
D - Apenas as assertivas II e III estão corretas
E - Apenas as assertivas III e IV estão corretas

Answer 1

I é verdadeira, sendo o nacionalismo concebido como uma série de barreiras alfandegárias que dificultariam as importações (para fortalecer a indústria nacional) e a industrialização como um projeto econômico urgente.

II é falsa, uma vez que o protecionismo é um dos pilares do modelo desenvolvimentista cepalino.

III é verdadeira, sendo a importação (que era vista inicialmente como totalmente danosa) deveria ser, pouco a pouco, substituída pela produção nacional.

IV é falsa. O CEPAL, formado pela ONU, não tomava por modelo o socialismo soviético, mas uma forma "própria" de conceber o desenvolvimentismo econômico.