• Matéria: História
  • Autor: lucasmarchesinibotos
  • Perguntado 7 anos atrás

Leia os fragmentos abaixo e responda à questão Fragmento I [...] a partir do [...] final do século XVIII passou-se a considerar a existência de registros escritos um fator indispensável para a reconstrução dos acontecimentos passados, ou seja, para se fazer história. É nesse contexto que alguns pensadores, [...] declararam a África um continente desprovido de história, tomando a ausência de fontes escritas como indicador da inexistência de ação humana de caráter histórico, aproximando-a da natureza e afastando-a da cultura. SOUZA, Marina de Mello. A África tem história?, Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2016. Fragmento II​ Nada prova que a escrita resulta em um relato da realidade mais fiel do que o testemunho oral transmitido de geração a geração. [...] Além disso, os próprios documentos escritos nem sempre se mantiveram livres de falsificações ou alterações intencionais ou não, ao passarem sucessivamente pelas mãos dos copistas. Hampaté Bâ. A tradição viva in História Geral da África, vol. 1. São Paulo/Paris: Ática/Unesco, 1982, p. 182. Vocabulário​ Intencional: Feito com a intenção de. Copistas: Na idade Média, encarregados de fazer cópias das obras escritas. Qual a justificativa apresentada por pensadores do final do século XVIII para afirmar que a África seria “um continente desprovido de história”?

Respostas

respondido por: EduardoPLopes
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Os historiadores do Século XVIII alegavam que a África "não tinha história" pois não havia desenvolvido uma cultura escrita que datava de milênios (muitos povos africanos só o fizeram, por exemplo, depois da expansão islâmica, já na Idade Média).

Estes autores consideram que a escrita é a forma mais adequada de realizar relatos confiáveis sobre o passado, de modo que sem a escrita não se produz a "matéria-prima" da História, sendo impossível o seu desenvolvimento para além da mistificação que em geral acompanha uma "história" feita sem fontes.

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