• Matéria: Química
  • Autor: olivia3648
  • Perguntado 7 anos atrás

Diferencie o modelo atômico de Heinsenberg, Schrödingen e Wolfang Pauli.

Respostas

respondido por: duda898478
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Resposta:

A conferência, cuja tradução é aqui publicada, faz parte de uma reunião de palestras proferidas por Heisenberg entre 1933 e 1958, intitulada Mudanças nos fundamentos das ciências da natureza (cf. Heisenberg, 2005b). Essa coletânea insere-se em um con-junto mais amplo de textos e comunicações que o físico produziu durante toda sua vida e que têm como objetivo a redução daquilo que denomina de "abismo entre duas culturas, entre a cultura técnico-científica e a cultura das ciências humanas e da arte" (Heisenberg, 2005a, p. 7).

Assim, devemos cuidar para não interpretar "A doutrina goethiana e newtoniana das cores à luz da física moderna" como uma tentativa de informar o leitor leigo das descobertas da física quântica a fim de que a nova física pudesse iluminar e esclarecer as doutrinas das cores de Goethe e Newton mediante uma explicação mais "verdadeira". A discussão entre o físico inglês e o poeta, várias vezes retomada por Heisenberg, remete antes a um projeto filosófico desenvolvido pelo físico alemão no início da década de 1940 cujo objetivo é identificar uma ordem e uma unidade entre os diversos modos do saber humano. Segundo esse projeto, ciência e arte não podem ser reduzidas uma à outra ou explicadas uma pela outra, mas devem antes ser pensadas como domínios ou modos diferentes de ordenação da realidade, cuja relação deve ser redefinida com o advento da teoria quântica.

Com efeito, o desenvolvimento da física quântica, no início do século xx, faz com que a batalha entre Goethe e Newton já não possa ser decidida dentro do referencial teórico da física clássica que opõe o discurso objetivo e exato da ciência à linguagem subjetiva e alegórica do poeta. Segundo a interpretação da "escola de Copenhague",1 com a teoria quântica não apenas é descartada a possibilidade de se descrever uma realidade independente do observador, como o próprio alcance dos conceitos clássicos torna-se problemático. Nas palavras de Niels Bohr, conceitos clássicos como "partícula" e "onda", quando aplicados a fenômenos quânticos, são meras metáforas que visam expressar, à maneira dos poetas, um estado de coisas que foge à nossa intuição (cf. Heisenberg, 2005a, p. 54).

Em um segundo momento, a disputa entre Goethe e Newton é utilizada para discutir o próprio valor das ciências naturais que, de modo sempre crescente, substituem nossa experiência viva e intuitiva do mundo por uma natureza tecnicamente produzida, explicada mediante abstrações que não podem ser diretamente traduzidas em conceitos intuitivos. Essa defesa da física teórica se deve, em grande parte, à necessidade de responder às objeções da assim denominada física alemã (deutsche Physik), ou física ariana (arische Physik). Iniciado na primeira metade da década de 1920, esse movimento ganhou proeminência com a ascensão do nazismo, sustentando que as ciências são determinadas por elementos culturais e raciais. Os autodenominados fisicos aria-nos, dentre eles os ganhadores do prêmio Nobel, Philipp Lenard e Johannes Stark, rotulam a física quântica e a teoria da relatividade como físicas judaicas, calcadas em meras abstrações e especulações que não possuem respaldo na experiência. Em contraposição aos defensores da deutsche Physik, para os quais Goethe era considerado um modelo a ser seguido, Heisenberg cria um pano de fundo filosófico que permite ordenar em um todo coerente a objetividade da física clássica, as abstrações da teoria quântica e as intuições poéticas de Goethe.

espero ter lhe ajudado

bons estudos (^v^)


olivia3648: nada a ver bro
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