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Hoje existe uma dicotomia muito grande entre os valores e os contravalores. Os valores são características positivas que devem nortear a nossa vida, e que nunca passarão. E os contravalores é todo o contrario: o que não tem valor e que deve ser descartado.
Por tanto cabe a nós o compromisso de questionar se uma coisa tem valor, vale a pena, nos traz a felicidade ou a infelicidade.
Olhando hoje a mídia (os meios de comunicação): rádio, tv, computador, celular, jornais, revistas, conversas. Não podemos ir engolindo e aceitando tudo o que chega às nossa vidas. O importante é saber usar esses meios, para a construção da nossa caminhada: isso que chegou aos nossos olhos e ouvidos, vale a pena ou não? Sim, não, porque? Não podemos ser vaquinhas de presépio.
A mídia tem coisas muito positivas, tem muita riqueza mas tem os seus riscos. Por isso que é fundamental ter sabedoria para saber discernir se uma coisa (uma idéia, um projeto) tem valor ou é um grande prejuízo para as pessoas e famílias: analisar se trata de uma visão deformada da vida, da família, religião, moral; se existe respeito pela verdade e dignidade da pessoa humana. O uso dos meios de comunicação deve ser moderado e prudente. Os adultos devemos dar exemplo.
Deve reinar a responsabilidade dos comunicadores, sendo fieis à verdade e aos direitos humanos. E cabe aos receptores parar, analisar e aceitar aquilo que é valor e constroe a pessoa, a família e a sociedade.
A técnica moderna trouxe uma verdadeira revolução cultural. Mas temos que ter cuidado para não ficar só na comunicação virtual; isso nos leva a isolar-nos e a perder a comunicação real. Vamos perdendo os valores do diálogo, a partilha, a comunhão das pessoas. O importante é não ficar dependentes escravos dos meios de comunicação. É necessário programar bem o nosso tempo, que é questão de preferência: tempo de dormir, comer, trabalhar, estudar, relacionar-se, usar bem os meios de comunicação.
Cabe a cada um pensar bem o que são valores, que devem sempre permanecer. Tudo em nós é ambivalente: pode ser usado para o bem (valor) ou para o mal (contravalor). Os nossos sentidos (olhos, mãos, pés, coração, sexo) podem ser usados para o bem ou para o mal. As dimensões sociais (políticas, econômica) podem ser vividas com justiça ou com corrupção. A ética e moral são valores. Os meios de comunicação são muito poderosos e manipulam facilmente as nossas cabeças, sobretudo as das crianças, adolescentes e jovens.
Quais são os contravalores? A violência, as drogas, o egoísmo, o consumismo, bullying nas escolas, a falta de respeito à pais e professores, a corrupção, o apego exagerado as coisas naturais...
E quais são os valores? O amor, o perdão, a solidariedade, a responsabilidade, o dialogo, o trabalho, o estudo, tudo aquilo que dá sentido à nossa vida humana e cristã. Um preso em Goianésia em dizia: “Padre, eu estou aqui na cadeia por culpa dos meus pais, porque nunca me educaram”.
O processo de discernimento de valores e contravalores não será fácil e exigira de cada um de nós muito esforço e perseverança, já que implicará necessariamente em mudanças no nosso próprio modo de pensar e agir.