Respostas
Esse assunto é altamente controverso, portanto vou dar a minha opinião pessoal.
Nem todos os homens nascem bons. Alguns já nascem com a predisposição à maldade e à perversidade, talvez por atavismo genético, como no caso dos psicopatas, que são reconhecidos como maníacos irrecuperáveis por boa parte da comunidade científica. Porém, nem todo indivíduo que já nasce mal necessariamente manifestará a sua perversidade. Um indivíduo perverso que desfruta de uma boa condição financeira, por exemplo, terá uma menor probabilidade de praticar barbaridades ou cometer crimes em geral, pois estará em sua zona de conforto, com sua perversidade latente, porém isso tampouco é uma regra. A família do ditador Saddam Hussein, por exemplo, foi bilionária e, além de ter sido conhecida pela riqueza, foi também conhecida pela brutalidade, por meio de genocídios abjetos e violência indiscriminada, o que refuta a alegação de que somente indivíduos menos favorecidos sejam psicopatas, perversos e inclinados ao crime. Do outro lado da moeda, porém, existem sim os indivíduos que acabam sendo corrompidos, mas não pela sociedade, mas sim pelos governos, ante o desequilíbrio entre o que lhes é cobrado e o que lhes é oferecido. Os roubos famélicos, por exemplo, em que o indivíduo rouba para se alimentar, são exemplos clássicos da corrupção individual causada pelos governos pois, ante uma necessidade primária e instintiva, que é a alimentação, o indivíduo será instintivamente impelido a roubar para se alimentar, como ocorre em grande parte do reino animal, no roubo indiscriminado de presas abatidas por outros animais. Moral à parte e sem qualquer tentativa de justificar o crime, até mesmo crimes mais hediondos, como o tráfico de drogas, são sim decorrentes da corrupção dos mais desfavorecidos, pois o indivíduo se vê tolhido de qualquer perspectiva de progresso, e então, inescrupulosamente, enxerga o crime como sua única fonte de subsistência. Algumas drogas, como o crack e a cocaína, no caso do Brasil, são também grandes catalisadores da corrupção individual, e não discriminam entre personalidades e classes sociais diferentes. Ante a necessidade da droga e a falta de recursos, qualquer indivíduo, de qualquer personalidade ou classe social, certamente ingressará no crime, pois já estará desprovido de qualquer traço de honra, empatia e ambição social, que lhes foram tolhidos pela negligência governamental que permitiu o acesso e a produção das drogas nos territórios sob suas jurisdições, e consequentemente a corrupção dos usuários