Respostas
Explicação:
Segundo estudos e análises históricas, os historiadores tendem a afirmar que as causas da Primeira Guerra Mundial - havendo explicações na economia[1], na psicologia social, no ramo da geopolítica e passando desde a escola liberal até a escola realista das relações internacionais[2][3][4][5] - são extremamente complexas, tendo sido debatidas desde 1926. A causa imediata apontada é o assassinato, em Sarajevo, do Arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Fernando, pelo nacionalista sérvio Gavrillo Princip[6]. Contudo, vários outros eventos contribuíram para o início do conflito.
Em 28 de Junho de 1914, o Arquiduque Francisco Fernando, sobrinho do Imperador Francisco José I e herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro e sua esposa, Sofia, foram assassinados em Sarajevo, então parte do Império Austro-Húngaro. A conspiração envolveu Gavrilo Princip, um estudante sérvio que fazia parte de um grupo de quinze assaltantes que formavam o grupo Bósnia Jovem, que atuava em conjunto com o grupo ultra-nacionalista Mão Negra[7]. Mas a causa não foi a morte de Francisco Fernando, sendo esta apenas a "gota de água".
Imediatamente após o término da visita oficial à Rússia do presidente da França, Raymond Poincaré, passado quase um mês do assassinato, o conde Leopold Berchtold, ministro das Relações Exteriores do Império Austro-Húngaro, instigado por seu aliado, o Império Alemão, apresentou ao imperador Francisco José, em 21 de julho, um ultimato que chegou em Belgrado em 23 de julho. O ultimato continha várias requisições, uma delas era que o governo sérvio seria o responsabilizado pelo atentado e que agentes austríacos fariam parte das investigações. Esta última requisição acabou sendo negada pela Sérvia, já que constituía, na opinião do país, uma afronta a sua soberania[8]. Tal recusa sérvia também se deu pela esperança do apoio russo no caso de uma eventual guerra, pela política do Pan-eslavismo. Com isso o, Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de Julho. Os russos então mobilizaram suas tropas em apoio aos sérvios. Inicialmente fora apenas uma mobilização parcial em direcção à fronteira Austro-Húngara. Em 31 de Julho, após o alto comando militar russo ter dito ao Império que tal movimentação era logisticamente impossível, uma mobilização geral foi ordenada. O Plano Schlieffen, estratégia militar alemã, previa um rápido ataque à Rússia, aliada da França, enquanto suas tropas ainda estivessem no início da mobilização para evitar um ataque ao oeste[9]. Portanto, a Alemanha declarou guerra à Rússia em 1º de Agosto e à França dois dias depois, invadindo imediatamente Luxemburgo e Bélgica para dominar fortificações ao longo da fronteira francesa[7]. A invasão da Bélgica levou à declaração de guerra britânica contra a Alemanha em 4 de Agosto[6]. Com essa declaração, cinco das seis grandes potências européias se envolveram na primeira guerra europeia desde as Guerras Napoleónicas.
Apesar de a Primeira Guerra Mundial ter sido desencadeada por uma série de acontecimentos subsequentes ao assassinato do arquiduque, as causas da guerra são muito mais profundas[10], envolvendo uma série de questões políticas, culturais e econômicas, além de uma complexa teia de alianças que se desenvolveram entre as diferentes potências européias ao longo do século XIX, após a derrota final de Napoleão Bonaparte, em 1815, e o Congresso de Viena[9].
Algumas das principais causas para o início do conflito foram:[7]
Imperialismo;
Partilha da África
Disputas prévias não resolvidas;
Um complexo sistema de alianças;
Governos não-unificados;
Atrasos e discrepâncias nas comunicações diplomáticas;
Corrida armamentista;
Planejamento militar rígido;
Movimentos Ultranacionalistas, como o Irredentismo.