Respostas
Resposta:
Ninguém é suficientemente maduro que não possa ler um livro infantil e aprender mais do que aprenderia num livro de "gente grande".
Ainda não sei dizer o motivo pelo qual as obras literárias infantis e fantásticas são as minha favoritas. Talvez seja apenas saudades de um tempo que não volta mais, a infância; onde tudo é possível.
O Pequeno Lorde é o modelo da crença de que tudo é possível quando se é criança, pois ele faz as coisas acontecerem com seu encanto, confiança, humildade, carisma e boa vontade. Sua inocência infantil e segura cativa a todos os corações, dos mais moles aos mais duros - como vamos ver.
Cedric, é o nome do pequeno. Ele é filho do filho mais novo de um conde, o conde Dorincourt que mandou o caçula para os Estados Unidos por não suportar a superioridade do rapaz aos mais velhos. O conde
Dorincourt é um homem muito rígido e frio que não gosta de ninguém e ninguém gosta dele também, mas acha que isso o afeto? Nadica de nada. O único que ele parece gostar um pouco é o filho mais novo, também chamado Cedric, por esse ter uma bela aparência, ser inteligente, decido, bom e generoso, um jovem que cativava a todos que o conhecia - características herdada por seu filho. Portanto, a superioridade que me referi acima é no bom sentido.
O maior desgosto do velho conde são seus filhos maiores que não possuem uma virtude sequer. Um pinguinho, uma migalhinha, um verdadeiro nada de bom.
O conde de ressentia muito por não ser o seu filho Cedric a herdar o condado e por isso o mandou para os Estados Unidos porque lhe enlouquecia os nervos fazer comparações entre ele e os mais velhos.
Acontece que após seis meses da viagem de Cedric o conde lhe escreve uma carta pedindo que volte porque, acredite se quiser, a saudades bateu no coração de gelo. Antes mesmo da carta chegar ao EUA o conde recebe uma carta de seu filho que comunicava que tencionava se casar com uma jovem americana que era dama de companhia de uma senhora rica.
Ora, o conde Dorincourt detestava os americanos e assim que leu a carta mandou outra ao filho, uma bem bem grosseira, dizendo que ele não precisaria voltar a Inglaterra nunca mais e blá grosseria blá você não é mais meu filho e blá não quero mais saber de você.
Acontece que Cedric não se deixou intimidar e casou, arrumou um emprego em Nova York e passou a viver modestamente com sua "querida", era assim que ele o chamava e foi imitado por seu filho, numa casinha simples.
Cedric, apesar do gênio do pai, lhe tinha muita estima e ficou muito triste em como as coisas terminaram. Era uma homem muito afeiçoado a sua casa de infância e a sua pátria. Porém, seu amor pela Sra. Errol era tão grande que não se arrependeu nenhum pouco por ter se casado com ela.
A Sra. Errol, a propósito, é uma das criaturas mais doces e bondosas nessa história. O coração da moça parece ser do tamanho do mundo e ela tem um profundo senso de caridade para com os mais necessitados. Senso esse, herdado por seu filhinho.
Veja que, a união desse casal só poderia gerar um belo fruto.
Então nasceu Cedric, um menininho lindo com os cabelinhos loiros como um anjo. Eram uma família extremamente feliz com aquilo que tinham, e, principalmente, uns com os outros. Desde o nascimento Cedric foi educado com o exemplo dos próprios pais. Tornou-se uma criança caridosa, boa, inteligente e muito carinhosa.
Infelizmente, quando o menino tinha cinco anos seu pai veio a falecer. Porém isso não tirou a felicidade daquela família, Cedric não deixou. Em seu coraçãozinho ele sentia que não devia deixar a sua querida pensar tanto no pai porque não queria que ela sofresse tanto, por isso, eles se tornaram essenciais um para o outro.
Quando tinha oito anos de idade, um advogado inglês veio a sua casa em nome do seu avô, o conde, informando que o pequeno seria o herdeiro de Dorincourt, já que todos os seus filhos haviam falecido e Cedric era o único herdeiro.
O conde, com a intenção de "comprar" o menino de sua mãe, que ele não gostava nem um pouco, diz ao advogado que tudo o que Cedric quiser que lhe seja dado.
Contudo, o conde não sabe que o pequeno é um altruísta de nascimento. O menino, não reclama nada para si, ao contrário, ajuda muito de seus amigos que necessitam. Isso faz com Cedric julgue seu avô como o melhor dos homens porque ele "ajuda" os que precisam.
Parte assim, Cedric com sua querida mãe para a Inglaterra deixando grandes amigos.
O primeiro encontro de Cedric e seu avô te deixa apreensivo porque o rapazinho é uma caixinha de bis e o avô é uma rapadura bem dura de roer. Mas, a natureza de Cedric é tão cativante que até o avô se rende.
Não direi mais porque iria acabar com a surpresa fantástica do livro.
Na minha opinião, um livro vale a pena ser lido quando você ouve o conselho que ele quer te contar. E esse livrinho me deu muitos conselhos e o maior deles é: a humildade que faz o mundo girar.
Apresentando importantes valores para o leitor e realizando importantes reflexões acerca da importância da humildade diante das relações humanas, o livro intitulado "O pequeno Lorde" nos apresenta a história de Cedric, filho mais novo de um Monge, que apesar de sua grande inteligência e graciosidade, incomodava seu pai porque não poderia ser o sucessor do seu trono, que estava destinado aos seus irmãos mais velhos, apresentados como menos inteligentes.
Cedric então se muda para os EUA, onde se casa e tem um filho, neto do monge tão temido e que apenas tem seu coração amolecido quando entra em contato com a criança, doce e amável, fazendo-o ter outra visão acerca da vida.