“[...] Aristóteles estabelecia antes as conclusões, não consultava devidamente a experiência para estabelecimento de suas resoluções e axiomas. E tendo, ao seu arbítrio, assim decidido, submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”. BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33. Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação que Bacon fazia da filosofia aristotélica. A) A filosofia aristotélica estabeleceu a experiência como o fundamento da ciência. B) Aristóteles consultava a experiência para estabelecer os resultados e axiomas da ciência. C) Aristóteles afirmava que o conhecimento teórico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experiência. D) Aristóteles desenvolveu uma concepção de filosofia que tem como consequência a desvalorização da experiência. E) Aristóteles valorizava a experiência, por considerá-la um caminho seguro para superar a opinião e atingir o conhecimento verdadeiro.
Respostas
Alternativa C
Bacon queria chamar a atenção para o fato de que Aristóteles, muito embora defendesse a ideia de racionalidade, tinha um foco irracional ao submeter suas conclusões à experiências com o objetivo de apenas fazer com que elas estivessem certas.
Isso fez com que diversos tipos de conhecimento não fossem verdadeiramente comprovados. O que vai na contramão do que a ciência propõe. Portanto Bacon defendia a ideia de que a experiência vem antes da conclusão e não ao contrário.
Resposta:
Letra d
Explicação:
Apesar de Aristóteles ser considerado uma figura influente em assuntos como ética, filosofia, poesia, física, política, psicologia etc., ele não era um adepto da confirmação de suas afirmações por meio da adoção de experimentos, resultando, assim, em um método incerto, já que argumentos não podem determinar se uma afirmação é verdadeira ou não. São necessárias provas, e o melhor método para isso é a adoção de experiências e a execução de observações cuidadosas. Para demonstrar tal descuido, basta citar a afirmação de Aristóteles que machos e fêmeas tinham números diferentes de dentes, sem realizar a simples comprovação disso. Na realidade, ele apresentava longos argumentos de como as coisas deveriam ser.